segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Do agora


Ama-me agora
Que a fina pele descasca
Que sou perecível e frágil
Feito essa chuva que escorre...

Enquanto estou louca e incompleta
Com a ponta da alma desperta
Com medo do mundo
E seus sublimes contrários absurdos...

Ama-me agora
Que estou pálida e imperfeita
Lábios secos e braços vazios
Cheia de arranhões pelos pulsos e mãos...

Ama-me agora
Que já não sou tão bela e crente
Que tornei em lágrimas e semente
Para entender como nasce a vida...

Ama-me agora
Com a inteireza dos que sabem que amor
Às vezes causa aquela dor sutil
Mas que se lava e se banha nas águas doces de um rio...#

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