quinta-feira, 24 de maio de 2012

Varal de poesia


Varanda e melancolia
O mundo até parece em paz
Mas, cá por dentro
Queima uma inquietude voraz
E o infinito e caos
Fazem-me companhia...

- Sopra, vento!
Que hoje este barco
Não navega só
Dispersas águas
Formam na garganta um nó
Não há cais e nem sentido
Nestas linhas...

Há um amargor
Que invadiu a boca
Enfraqueceu pedaços
Deixou rouca
Silenciou resquícios
De utopia...

Tudo bem, então
- É só por hoje!
Porque vou lavar a dor
E pendurar poesias no varal...
Pois não há nada lá fora
Que arranque a doçura plantada
Pelo meu quintal! #


Nada lá fora vai me fazer menos doce, apimentada, curiosa, humana, crédula, passional...gente do tipo real! - Pq antes de mais nada...eu acredito na vida!=)Portanto...Bom dia, queridos meus! 

 P.s: Como estou com meu museu particular em obras (mudança...mudança!- e como!!!)....fiquei sem internet! Estou aguardando a instalação da "minha antena". Então...estou desligada...temporariamente(rsrsrs)
Mas...precisei vir postar e deixar o meu registro de saudade. E o meu ensejo de que nada lá fora tire a doçura do seu quintal....

domingo, 6 de maio de 2012

"ícaro sem asas"

Arrumando a casa
pois, às vezes
Ícaro também perde a asa...
Derrete-se,
cai...refaz-se homem
sem o encanto do sonho...
Voar!
Organiza espaços
simetria ilusória
entre versos e prosa...
- O mundo
E o inominável, a sondar-lhe.
Sorri. Não em estado de felicidade,
mas por exercício de força e vontade...
Desdenha
Do limite que o ilimita
Da fome que o alimenta! #

PORQUE, INDIFERENTE AO CAOS
O SOL NASCEU
NÃO DESPENCOU DO CÉU...