Estamos na época do “SOMOS
TODOS...’’
Uma tentativa
de gerar identificação e empatia com as causas polêmicas da sociedade. Tentativa válida, pois temos dificuldade de
organização social e de manifestação do pensamento, então, toda forma que gere algum senso de união é proveitosa para o processo de formação de opinião.
O perigoso do “SOMOS TODOS” é a
massificação dos problemas públicos e da multiplicidade da nossa sociedade, que
é formada em seu cerne por desigualdades ideológicas, econômicas, educacionais,
morais, éticos... é diminuir o processo de SER, no qual cada um é tão plural!
Reconhecer essas diferenças é
mais importante do que nos unificar as tragédias. Aliás, é parte do remédio que
auxiliará no processo de que as demonstrações de fanatismo ideológico sejam minimizadas.
Matar responsáveis por atentados? nascerão outros mil para cada um. A violência reprimida duramente sem razão não gera fruto, embora seja coerente a sensação de punibilidade.
Conceitualistas em geral, de místicos a antropólogos dizem que somos algum tipo de sociedade e que seremos alguma outra coisa.
"Somos todos"...!!! Apontar para as diferenças e
tentar uniformizá-las é correr o risco de que as dissidências explodam no verbo
“EXISTIR”. Aí, qualquer hora dessas, o
próximo ‘somos todos’ será: Somos todos terroristas.
Cada um à sua própria maneira,
uns mais perigosos que os outros. Até que não sejamos mesmo mais nada.
(A parte irônica do texto foi
cortada, então você não leu : “Ou um bando de bestas. Então, defendam as ideologias que quiserem, só não tentem impôr isso a ninguém, minis
Hitler´s).
(Feito hoje pela manhã, quando todo mundo estava postando que era alguma coisa.rs)
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