quarta-feira, 30 de abril de 2014

Jornada!


Em cada palavra...uma jornada.
E o cinza do céu...pincel da vida...
O amor é um laço supremo
 ...estação! inverno, verão...chuva e sol!
São faces de uma comunhão...
As belezas todas tantas...ser, estar!
O vivenciado e a estrada
Confusão..beleza...rio e mar!
O branco e o preto da aquarela
Fazem parte da beleza...
E rio da vida é mesmo sempre
Suprema bondade!
E pra nós que amamos
Descalçamos, sangramos
Olhamos o céu... e pintamos!
ao pai: rosas e piedade...#


Boa noite, vida! 
Força sempre.


Aquarela-vida






Brilha o primeiro raio matinal - Trabalho!*
O tempo de ser feliz é onde reina a claridade
À noite...a lua dorme à vontade...

E o céu da madrugada que brilhe estrelas!
Cadentes...cedentes...
Ainda sem resquícios do meu olhar
Que o atropelo desta solidão é ser lar...

No instante, sorrisos são jóias  presentes e preciosas
Que  iluminam a alma inteira
E puxam-me a mim
Recordando o quanto sou guerreira...

Eu nasci flor em meio à lama
Do caos de um precário outro amor
Que ainda em mim é chama
Embora já partido em metade ao céu...

E agora, aqui estou...
Girando feito um carrossel...
 (E o que será de tudo
Pergunto ao senhor do pincel?)  #




Conhecendo o inferno



O inferno tem cômodos sutis
(Diz-me o silêncio dele)
Ares e cores febris! Que absorvem-nos...
Sinto dor e não sei onde estou... 

Perdida, meio de caminho.
Sinto o inverno queimando a pele
A alma grita, o coração repele....
(Por favor, não me atropele)

A minha valsa é lenta...mansa. E,coração... sua!
Se você quiser dançar mansinho
Talvez não existam sonhos – e isso seja bom
Mas a realidade –amor -continua...

E que louco é estar aqui,
Entre a partida e a chegada...
Qual o caminho a seguir?
Ilumine, ilumine a minha estrada....#

terça-feira, 29 de abril de 2014

A Missão*


Antes de minh´alma entrar no corpo, ELE  disse:
Vai, menininha...é linda a paisagem!
O amor a mensagem,
Ser feliz, a lição...

Mas, não contes com o acaso
tenha por certo o fato
De que não terás fardo,
Pois serei o teu céu e teu chão...

E vim! a vagar distraidamente
Semente de gente...sempre a germinar
O traço, o passo...o laço
Que me leva de volta ao lar...

Ser água! E ser lua. 
Ser vaga-lume e ser pura
Nada há de mais difícil
Mas...estou aqui. Corro o risco!

Porque se recebi a missão
E o tempo é só miragem
Quando deixar esta paisagem
Volto em paz para o teu coração...#




Vaga-Lumiação

Grão....em grão.
A ampulheta move
Montanhas!
Certezas tamanhas!
Mas não a constelação...
Em que vaga-lume vagueia
Contemplando o passado que clareia
à distância, o seu coração...

Vaga-lumiação.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vaga...Lume!

O que vaga...lume
Faz em dias de chuva?
Quando o sol esconde a face para a lua
E as nuvens caem seu temporal...?

Ele lume...lume
Um sol do quintal!
Lume...lume
E põe o coração no varal!

O que lume...vaga?
A natureza...acolhe!
Feito a água que escorre
Deste céu de abril...

E quem é por dentro ser...vivente!
Percebe que ele lume...entre flores e sementes
E fica a passear pelo circulo ar da lida: Amor é sempre luz!
Na constelação da vida...#


Eu...vaga-lume! :) 



domingo, 27 de abril de 2014

Filosofia do boteco da lua (Um pouco de prosa num lugar tão poesia) :)

Senta aí, meu caro leitor, nesta mesa-de-poesia e prosa. Vamos prosear...sobre a prosa, o ar, a lua, as estrelas, enfim. Vamos lá. Senta aí. Desce uma. Poesia, digressão, tudo consta no cardápio. 

Você viu a chuva agora pela manhã? Eu vi. Linda, a minha janela me conta cada poema! Reguei minhas flores na hora da chuva, foi de propósito, queria regar minhas flores enquanto a vida a mim regava. Loucura, insensatez? Pois bem.

Então quero filosofar sobre a minha loucura, com quem finalmente tive um encontro no espelho e dei as mãos. Então.  Tive um encontro com a minha loucura esses tempos! Acreditem, não têm sido ruim nossos triálogos.

Sento, eu -' pseudo-normal e trivial'-  aquela que diz bom dia sem olhar títulos ou nomes e trabalha para muito além do horário  - e eu, poeta, amiga, fonte de amor e poesia- e de doidices em geral. E nós transgredimos nossos conceitos sem agredir nossos princípios - porque raiz é fundamental, não é? aquilo que no fundo, somos.

Vou à janela, olho e céu e a raiz das duas coisas e fico cada vez mais desaperfeiçoada (discorrerei melhor sobre isso abaixo). Isso me acalma. Aceito e amo melhor - a mim e aos meus - dessa forma.



Mas sim, voltando a digredir, ontem, depois de ir ao cineminha com as amigas ver um filme da Marvel (que elas vibraram e eu gostei), cheguei em casa e coloquei algo mais à minha maneira: "Click" , aquele filme que tem uma loucura mais parecida com a minha do que a dos quadrinhos - penso que minhas amigas devem ser mais normais (rs).

Sobre "Click", o cara do controle remoto às vezes meio que parece ou parecia comigo: já tentei ter o remoto controle acerca de tudo que me rodeava ( internamente, digo). Controlar como me sinto quanto ao trabalho, vida, amor, amigos, família. Enfim. Quem nunca, não é?Coisas de menina, que o tempo ainda não desaperfeiçoou . Sim, desaperfeiçoou!

:)

Ando desaperfeiçoando (assim, no gerúndio mesmo, que é pra ficar mais imperfeita ainda). O que eu quero dizer com isso? Quero dizer que finalmente Cinderela tirou os sapatinhos de cristal e pôs os pés do chão e viu sua face. Ainda lê seus livros e se guarda para não arranhar a pele, mas não porque não aceite o arranhão,mas sim porque ainda é o seu momento: Quietude.

Mas não quer mais o controle da vida, nem pular as fases boas e ruins. Anda sorrindo da precariedade que é SER e estar num mundo que amanhece com chuva torrencial e depois faz um sol de quarenta graus (é assim aqui pela linha do equador).

Amo aquela cara pintada com a minha aquarela maluca e os sorrisos que foram. Desentendo a vida e o senhor do pincel, porém, sem guerrear com ela e Ele. Amo o sorriso da flor enquanto ela me diz que vem me buscar pra almoçar só pra rirmos juntas, sol na pele ( eu por ela), ouvindo meu rock and roll (ela por mim), melhorando nossas cedências, doidas e cadências malucas da vida. Amo e aceito tanta coisa! Inclusive as falhas- minhas e alheias. O mundo está aqui para isso, também. (Isso faz algum sentido?)

A flor, como a chamo ( e você que me lê sabe que amo flores, se a chamo assim é porque ela é um pedaço da minha carne), me mostra o quanto a vida é calma e  paciência, e o quanto certas coisas simplesmente não dependem do meu "click". Também são espera. Pela vida, pelo "click" do outro, pela loucura minha, que pode ou não parecer com a alheia. Ou que pode parecer, mas independem do meu controle - precário e remoto. "Click"!

De uma coisa, tenho certeza (eu, a louca): A felicidade continua sendo quente, como já disse um outro maluco e poeta. O amor, ardente, como já preceituou Vinicius. E uma escolha, caótica e difícil,mesmo quando ainda não decidimos o caminho...mas,por hoje, cuidemos de sossegar, já disse Drummond, e ter um dia feliz. E observar com deslumbramento os detalhes, como fez Amelie.







É que, na vida real o "click" só pode ser interno.  E o copo, eu continuo insistindo, não está meio vazio, está meio cheio!!! Bora logo saber se é de água ou de gim. Mas se for de suco verde, me veja aí dois, que eu amo misturas: Meio louca, meio sã. No meio do caminho. 

:)
Concluo com o poetão Allan Poe "Tornei-me insana, com longos intervalos de uma horrível sanidade" (Afinal, eu preciso trabalhar...rs)


MUITO AMOR para você que me lê. Um domingo feliz para você e sua família.


( E se aparecerem grifos azuis no texto que vc lê, saiba: o blog também endoidou. E no lugar de tentar ajeitar, estou me divertindo com isso. rsrsrs...pq o grifo? rsrs)