domingo, 30 de novembro de 2014

Rio da Vida



Sonhar os pés de feijão
Que levam ao céu, joão
Como se chega lá?
Acordar...

Sonolência move o delicado levantar...
Ombros doem, olhos moem
Numa estranha mistura
Poesia vem primeiro, resgate de candura....

Mapa dos sonhos em branco
Perguntam: Menina-moça, como será?
Toma café e respira fundo
Deixa ao senhor do pincel o que virá...

Agora, levantar!
Que sonhar acordada é realizar
suspender o sono e remar com fé
No rio da vida a gente é o que quiser....#


Estudar e sonhar,"porque todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou". 
=)



O Casal


Eles...são lindos no gesto
O côncavo e o convexo
Que resolveram acomodar...

Caminhar.

Nem sempre fácil,
Distâncias e orações
Vontades e canções...

Caminhar.

E...por existirem
E insistirem
Algo em mim renova a fé....

De que a essência do amor
é um querer permanente
é fazer do outro...um pedaço da gente....#


* Para Edilene e seu marido, e a linda história que constroem no dia a dia.
Deus cuide sempre.
=)

sábado, 29 de novembro de 2014

A menina dos livros


Ela carrega livros
Histórias, canções
De propagandas de televisão
E ainda busca entender a missão...

Enquanto carrega livros
E aquela saudade que parece fazer parte
Do peito, da roupa, do cotidiano...
Ninguém percebe e ela deixa o ledo engano...

Enquanto carrega livros....
Que já lhe salvaram a alma uma vez
E agora, por exercício de fé, outra vez...
Indicam-lhe um porto onde tocar a direção

Ela carrega livros,
Fé,vontades, saudade
E, apesar de se sentir metade....
Ainda consegue cantarolar aquela velha canção

Que dizia que se ainda não deu certo,
Não findou a estação
E que é apenas para sentir o vento
Conduzir-se bem e confiar na emoção#



Estudar e amanhã estudar também. Mas, no meio, palestra do Alberto Almeida ..."Redescobrindo a divindade do dia-dia" =)

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O poeiral (Sessão Nostalgia de Natal)

  


Era quase sempre silencioso por aquelas bandas do poeiral. A movimentação daquele gente era inter quintais, se emprestando farinha e fritando peixe,  para o açaí que ia chegar na horinha do almoço.
Tinha tudo que é tipo de bicho circulando por entre os pés descalços da molecada, para horror das mães e deleite daqueles pequenos humanos curiosos.
Muitos, parentes. Outros, agregados, literalmente, pois a aproximação geográfica e a pouca ausência de parâmetros entre terremos fazia com que algumas casas fossem quase coladas. Herança de paraenses.
Em tempos de natal, a coisa mais bacana era ver o poeiral se mexer ao barulho de uma belina amarelinha chegar. A belina amarelinha trazia um sonhador, vestido de papai noel, ardendo ao calor da roupa e da sua cor tão clara, a distribuir presentes para toda a molecada da região.

Como bom velhinho, ele sempre trazia a belina primeiro para perto de mim e meus olhos esperançosos. Mas tinha tanta generosidade naquele gesto, que independente da ordem, nunca poderei esquecer o poeiral lá em cima, um papai noel em uma velha belina (tipo pampa), cheia de embrulhos coloridos, e molecada toda em torno, fazendo da poeira um tipo de brilho ensolarado que fazia tudo virar ouro, reluzindo no sorriso do papai noel, sobre nossas cabeças inocentes. #

Menina-Esperança


Como quem ainda sente o mundo
Olha fundo sem sentir dor
Como quem vê o mais belo do amor
Ela abraça...ri, chora e traça...

A  dança de quem crê na vida
A menina-criança que fala em sonhos de algodão
Onde cada pessoa é uma oração
E os percalços, coisas da lida...

Tolices e sorrisos 
nosso incompreensível infinito
Que é sempre bonito
 pequenas invencionices....

Ela é cadência, eu aquiescência
Num céu de gravidades
Sorrimos só quando temos vontade
e amamos como quem vê o melhor...

Ela me reabilita pedaços num sorriso só...#


#Para Nat, a quem vi ontem, entes de voltar a estudar, e antes de tudo o mais. Que saudades, minha menina-esperança!

Te amo!




quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A máquina


A maquina silenciosamente foi puindo o ligamento que vinculava as partes à direção geral. Sem motivos, sem burcacos, e  na verdade sem nenhum motivo aparente, simplesmente o baque, a perda da direção e barulho surdo. Essas coisas acontecem misteriosamente em câmera lenta, como se cada detalhe tivesse alguma lembrança.
Por sorte, vontade suprema de Deus e tudo o mais, apesar de  ter rodado na avenida, não machucou ninguém e tampouco capotou.
A moça voltava dos estudos na fria madrugada, foi socorrida, trazida para casa e passa maravilhosamente bem. Sabe que não pertence à esse mundo, mas também nem tem tanta pressa assim de ir embora, afinal...ainda existem sonhos por aqui e suas asas de anjo não quebraram. E e ela quer, só mais um pouquinho, disso aqui...afinal, já disse o poeta:

"A coisa mais moderna desta vida é envelhecer"

Caramba, Deus, Obrigada!!!!!!!!!!!!!!!! 
Amanhã é dormir até tarde e repouso do susto. 

Tá tudo bem, gente. =)

Das coisas que você devia, Mrs. Jhon. (Conto de uma tal de Yokko a um John- Sessão Nostalgia)

Você devia ter colocado uma aliança no meu dedo e construído a nossa casa em três meses, bem pequena, só para nós dois. Depois, pouco a pouco, te ajudaria a aumenta-la e ela seria um negócio assim todo cheio de plantas e com uma varandinha de temperos.


Você devia ter ido comigo a um médico para ele cuidar de nos ajudar a fazer dois filhos de uma só vez. Você devia não ter desconfiado, não ter tido medo, não ter me sufocado em cobranças tolas, porque eu já era inteiramente sua. Você devia ter tolerado meu jeito chorão em dias de TPM, enquanto eu tolerava tuas neuras com roupas e pessoas ao redor (porque eu tive ciúmes, você teve uma revolução sentimental com ares de furacão rs)
Sim,eu devia ter esperado o tempo de amadurecer contigo, e você percebido que o que eu tinha para te dar era o hoje e o futuro, e não desperdiçado a promessa que fez ao senhor do pincel de ser melhor para me fazer feliz.
Você devia mesmo ter desistido de ser tão teimoso e eu te seguiria na dança, e uma hora dessas estarias alisando uma barriga crescendo , um mal humor de uma ruiva engordando e regando um jardim,  um ano novo que viria com cheiro de neném no quarto e uma vida que aprenderia a adequar, porque a vida mesmo, não é um recomeço eterno, ou arrancariam tudo e plantariam todo ano novamente todos os laços que existem.
Ela é, pois, uma sequência lógica de quem somos e quem queremos ser.
Você devia ter posto uma música no celular e colocado meus pés para te acompanhar, enquanto me pedia perdão pelo exagero, por acompanhar meus horários, por ser intolerante com a minha família, e dito que estava atrasado, mas entendia minhas queixas e ia só diminuir o passo, porque não conseguia ser perfeito, mas não queria medir forças com o amor que eu dava a eles, porque eu tinha sobrando, escorrendo para te dar....eu também te pediria perdão pelo ciuminho com aquelas amigas, e teríamos parado.
Você devia estar escolhendo berços infantis e  os presentes das nossas sobrinhas, esse natal. Natal que vem, talvez nem saíssemos muito, porque os gêmeos iam dormir cedo e acabaríamos fazendo a festa só nós dois, depois do cochilinho deles, frio no calor, eu e tu.
Aí você devia ter ido beber com os amigos enquanto eu estudava para concurso, depois ficado em casa para cuidar das crianças e fazer bons textos sobre a humanidade e todas as expectativas bacanas, num contraponto ao modismo pessimista atual. Montado um jornal bacana, onde notícia fosse coisa tão ética que as pessoas aprendessem e retomassem o prazer de ler.
Você devia, eu devia. Nós devíamos ter percebido como é raro encontrar alguém para dizer “é tu” “eu amo nós”... e o nosso improvável amor.


Você se desesperaria quando eles nascessem, mas eu ia te acalmar e fazer ver que tinham nascido com nossos misturados traços, e te ensinaria a cuidar deles e ser paciente, porque seriam os amores da nossa vida. Você ia ensinar para eles o lado boêmio da vida e eu ia ensiná-los a colocar os pés no chão, sem fincar.
Eles iriam nos amadurecer um pouco e nos deixar ainda mais moleques. Ia ser tanta poesia e música bacana para ensinar para esses pequenos, que um dia eles iam perceber que eram boas e felizes pessoas, com a sorte de ter pais apaixonados.

Você devia ter esperado para ver como eu iria lutar com rugas e cabelos vermelhos, uma velhinha com dignidade, viver arrumadinha e velha magraaa e cheirosa para você elogiar, pintando artesanatos pela casa e encomendando bonecas da Cris, que representam livros que lemos. Até lá, a Cris faria bonecas apenas para os amigos ou para a franquia, e ia ser engraçado lembrar de como foi difícil adaptar nós dois e os improváveis mundos.
 Talvez até aprendesse a cozinhar para não deixar nossos pequenos comerem apenas na avó ou natureba. Ou para te agradar e surpreender, em um dia qualquer de chuva.
Eu devia ter visto embranquecer os seus cabelos, felho e peto, fazendo tolices e pedindo creme no pé e massagens, sempre chateado e impaciente com qualquer mudança que eu quisesse fazer na casa. Depois, neurótico, não mais comigo, mas com o namoradinhos da Cecília, estipulando horários, comportamentos e vigiando tudo.
Com o tempo e a idade, ia demorar mais o cochilo do costa com costa.

Você continuaria boêmio, mas menos, para me ajudar com eles, e eu iria ver minhas amigas e família, mas todo tempo sentindo que tinha de voltar para casa, por conta de nós.
E teríamos feito juntos, uma das coisas mais bacanas que podemos fazer pelo mundo: Pessoas felizes que geram pessoas felizes.




Mas esse é só um conto bonito entre uma tal de Yokko e Jhon.

Velha boba

Velha Boba
Queridos, enquanto ainda estou desenvolvendo o Cartas a Milena, processo de construção das personagens, criei o “Sessão Nostalgia”, onde vou escrever algumas das histórias, estórias, distopias, utopias que ouço por ai,ou sinto, para registro da beleza e da tragédia do mundo. Sim, estou velha boba.
E sinceramente, isso é o que de melhor resta na menina: apreciar cada vez mais essas bobices. =)


O conto é: "Você Devia"  - Carta de uma moça Yokko à Jhon. 
Espero que gostem. =)
depois vem "O chuvisco e o poeiral"...

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Saudade!


Saudade do cheiro do moço
Do abraço e calor da mão
Da minha emoção
Ser pura, suave, inteira...

Saudade da moça guerreira
Que ainda brincava de balancinho
E em tudo via uma forma de carinho
Só para poetizar sob o seu olhar...

Saudade de ter lar naquela pele preta
De acreditar em milagres e aquela vida inteira
Saudade de saber o simples (Oi, como vai?)
Saudade de onde encontrar com minha paz...

Saudade, Chico! arrumando o quarto
do filho ou do amor ausente
Do corpo, que inquieto, sente
Saudade de tempos idos...
 Saudade de não ter visto o milagre acontecido...#

"Saudade, meu remédio é cantar!"  =)

Rara Beleza


A vida e sua rara beleza
Sempre arrancando um sorriso:
Da paisagens à nuvens em forma de risos
De raridade em raridade cria a fórmula...

De ser bonita, suave e agora
Pintura do senhor do pincel
Que não se cansa de desenhar
Em cada ponto, um bonito painel...

Como esse fim de tarde alaranjado
Sem arcos, sem traços, abafado
Mas todo bordado de fios amarelo do sol
Desenhos de flores, de rios e farol...

Como uma colcha, a vida prende mais um retalho
Da vida, do amor e de tudo que é precário
Ainda que delicadamente tão precioso
O toque do que faz o simples ser o mais formoso...#

*Uma contagem regressiva, uma sonolência excessiva. Feita em papel de pão, hoje, antes de entrar para estudar.
Boa noite,queridos. =)

Ha! Clarice e Gregório =(


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Eles!


Ha...eles!

Estão indo embora um do outro
Veja como é mesmo louco
Serem tão lindos e múltiplos
E estarem indo embora aos poucos...

Chorei, Clarice...foi a pior piada do portal!
Podem fazer o retrocesso daquela estória ?
Em que ele sai batendo a porta...- e volta?
E faz sorrir a vida, na sutileza do amor...

E na fragilidade do sorriso
O lúdico que se mantém na terra, fugiu do paraíso
E brincava de pira com as loucuras desse mundo tão concreto
Cuja beleza do sorriso e da leveza são o desarme e o  remédio...#


Lindos no meu coração! <3




“Feliz aniversário, Jesus”


Ninguém me disse quando nasceste, amigo, então te escrevo hoje e desejo: Feliz aniversário!


Quantos anos alguém com tanto amor suporta carregar? O peso da eternidade?  Conta-me
como tu andas.  Ainda foges, criança, para dormir naquela casinha em que Caeiro te recebia? Tomara que sim.... Tomara que você ainda saia do peso de salvar a humanidade e vá brincar no sarau de poesia com Cecília, Tom, Vinicius, Rubem, Shakespeare e tantos outros. Tomara que tire um dia para vir a terra tomar umas cervejas e ouvir boa música aqui no Amapá, para ver como é bonita a noite do equador. Acho que dia desses vou fazer isso e te procurar, disfarçadamente. Dá-me um sinal se estiveres. Senta comigo. Ou, se preferir, senta com os bêbados e malucos da cidade, com a nata dos embriagados e loucos, ouve umas piadas sacanas, ri sem culpa das coisas politicamente incorretas que aqui existem e vê o quanto de bobagem e bondade existe em tudo que eles dizem.

Depois, amanhece o dia e vai tomar um banho no Araguari e toma lá outro tipo de batismo.



Pega Maria Madalena pela mão, não nega ela da tua história, que quem entender a natureza da tua alma não vai nunca duvidar da tua mensagem pura. 
Mas sim, entender que você amou. E ama!  Pega tua Maria pela mão e dança, lá na frente do Amazonas, e com dois cálices da água do rio-mar , faz vinho. Deve sair uma delícia. Toma um porre com Maria, vê o sol nascer nos cabelos dela, sente como é bonito estar no mundo sem precisar salvá-lo, apenas com a mulher amada na mão.
Depois, pega algum desses troncos da orla e vai para uma carpintaria, fazer o que você bem entender. Pergunta a José o que ele gostaria. Dorme aqui em casa, ou na casa de alguém que não te acorde cheio de pedidos ou pompa, só feliz com a tua presença. 







Toma um café preto e vem conhecer o meu jardim. Ele é meio simples, ando sem tempo, mas coloco almofadas lá e ficamos falando amenidades.
Não vou brincar de desenho de nuvens contigo, tu ganharias todas... Depois, por ofício da profissão, você volta para realizar o natal, aquele natal onde todo mundo vai às comprar para demonstrar amor, onde um papai noel gordo chama atenção mais que você e todos se atrofiam em filas de supermercado.
Ficas lá, com o tédio de quem espalha mensagens de amor a surdos. Ou então dá outra fugidinha e fica em silêncio, com São Francisco, perto de seres perfeitos. Se tu puderes vir me dar um abraço (nossa, como te peço atenção), eu vou ficar feliz. A única coisa que faço questão nesse natal é sentir que, de fato, o teu aniversário foi comemorado. Eu vou te brindar e abraçar bem na passagem, prometo.

Comemora Jesus, com as coisas boas que a humanidade tem e são herança tua, sem o peso de salvar a mais ninguém, deixa que somos adultos o suficientes, faz isso por ti no teu aniversário. Começa hoje, espera dia certo não." Sorria, e saiba do que eu sei: Eu te amo"



Muito obrigada por todas as bênçãos.

I Want You


Pétalas caídas, rio da vida
O tempo, o calor,a solidão
Nada move, de fato, o lugar da ferida...

A poesia, a letra, a canção
O abstrato é o mais concreto dos atos
E o mais real dos sentidos, o sentimento

E no meio de tantos esconderijos
Talvez não ver teus olhos fosse bom...
Vertigens, viagens, sorrisos
Quanto tempo, meu bem, até saber?

Pessoas passando, sóbrias ou ilusórias
Elas todas têm uma história
E algumas já não sabem de nós...
Esse é o destino dos amores mais fortes que o destino? #




Letras que às vezes dizem tudo que queríamos dizer

Às vezes, eu queria desligar de mim e ser menos. Sentir menos, ser tão agitada quanto essas pessoas, que correm enquanto observo, transeuntes desavisados da poesia que contém o vento. Queria fazer parte um pouco do todo, rir das mesmas coisas, assistir carnificina como se fosse comum, achar normal ligar a TV e assistir àquelas atrocidades ditas de maneira solene, conversar a vida dos personagens da novela , dar graças à Deus por ter dinheiro para pagar meus vícios simples (nada ilegais) e dormir.

Queria andar satisfeita entre shoppings novos e avenidas enfeitadas, dando graças à modernidade, ao quanto somos bons em maquiar nossa próprio senso crítico, e escolher nome de bichinhos como "tom e vinicius", sentindo que sou parte da sociedade.

Mas eu não me enquadro! Pareço sempre fora do lugar, e isso não me incomoda, na maioria das vezes. Apenas quanto ao senso de que isso tudo não me satisfaz e que eu preciso de mais, muito mais para ser feliz, de fato.

Faltam alguns dias para um concurso-teste. Concurso:  vou competir com outras pessoas a chance de "fazer parte do Estado". Como se já não fizesse. Como se natural fosse esse sistema de exclusão, que já me põe entre privilegiados, quando posso - felizmente- fazê-lo.Enquanto isso, nas luzes de ribalta, há tanta fome, desgraça, colarinhos brancos, clima de natal, pouca preocupação real com essas dores tão reais de outros humanos.

Acho tão tão absurdo as ausências do que é normalidade para mim e o que é tão comum para tanta gente!

Quanto ao concurso, não é dessa competição em específico a que estou me referindo (até porque só estudei para ela dois meses, não dá para querer entrar na janelinha), e dele já tive dele ganhos mais mensuráveis que o próprio resultado: percebi o quanto sou disciplinada, vencedora de meus limites e tive o prazer de firmar um bonito laço que me acompanha nessa jornada. E nas que virão, porque decidimos que queremos mesmo fazer a diferença nesse mundo, em algum lugar dessa sociedade. 

Não, eu falo da vontade de ver as coisas serem mais belas, de um mundo de fato melhor. Interno. Externo. Ontem, na saída do supermercado, um papai noel tocava sax. Parei um tempo para observar: Um ser "místico" fazendo beleza. Meu Deus, somos todos místicos! Bati uma foto, pensei postar no facebook (aplicativos que torna todos que amamos "longe do meu lado"). Mas decidi guardar na alma. Uma hora dessas escrevo sobre ele.

Podíamos sempre fazer tão mais e melhor. A resposta? ha,ela parece tão óbvia: é a nossa nossa capacidade de imprimir amor e vontade. De se importar com o resultado da equação e de querer o saldo positivo do todo.

A realidade da beleza começa com você, comigo e com o que fazemos conosco. É tudo que eu posso concluir.



""Não podemos dar a nós mesmos mais uma chance
Por que não podemos dar ao amor mais uma chance?
Por que não podemos dar amor?

Dar amor, dar amor, dar amor
Dar amor, dar amor, dar amor
Dar amor, dar amor...

Pois o amor é uma palavra tão fora de moda
E o amor te desafia a se importar com
As pessoas no limite da noite
E o amor desafia você a mudar nosso modo de
Nos preocupar com nós mesmos..."

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A feira-vida



Decadenciais:
Nosso tempo é o de meros mortais
Por feiras elegantes, misturam-se CDs, LPs, relógios
Notas antigas, e chamadas de noticiário
Amores e relatórios....
E o que mais?
A feira dá pra gente o que se quer a mais
De loucura,amor à desonra
Tudo à palma da mão...
O que mais? Quem dá mais?
A feira é a vida,mas também ilusão...#

E o meu desejo,para você que me lê é...que a gente seja foda nesse negócio de barganhar com a vida. =)


Mudanças à meia luz da vida e meia noite em Paris (Devaneio da menina da Lua) =)


Enquanto os passos seguem, trôpegos de susto, sem planos a mais, a sonhadora anda resgatando sua delicadeza em filmes, nas boas músicas que ouve, na poesia existente- latente- nas canções e artesanato que adora fazer. Nos seus amigos,família...em Drummond, Cecília, Clarice, Manoel, Rubem, Cartola...em cafés de finais de tarde contemplando a vida,de onde vê pessoas passando ao seu redor, com tanta pressa.

As pessoas ao seu redor parecem ardentes de pressa. Bauman, me traz uma dose de café no ponto e pitadas de  calma, por favor?...

A vida, às vezes, por lirismo ou sacanagem, nos vira do avesso(rs). Apesar de o avesso ser um pedaço de verso e permitir olhar tudo de outra forma, ela viu como é bom olhar...para frente, para trás. Saber que, por onde passou, deixou a mostra de um bom trabalho, de dignidade, de leveza, e a marca da honestidade. E de uma dedicação ímpar em tudo que está: é amor em tudo que  compõe. E amor leva tempo, é produto artesanal, não fabricável.

Hoje, nessas relações modernas do mundo, não esperava,mas ganhou um presente. Um grupo chamado "amigos", de pessoas que decidiram que confiam nela e com quem formou vínculos de amizade na Secretaria em que trabalhou. Nós realmente somos o que plantamos e o que regamos,ela vê e percebe isso o tempo todo.
Ha, tempo! ela está com medo, pois se sente no mundo como quem voltou daquele passado bonito,descrito em filmes como "meia noite em paris", e caiu direto aqui, nesse lugar onde as relações são líquidas e apressadas. A menina não gosta disso, gosta de bordar, de tatuar afeto, de artesanalmente construir lealdade, verdade...para além do escrito e da poesia, no dia a dia mesmo, no cru da existência, esta sim, tanto lhe interessa. 

Mas a saudade que seu corpo sente é...tão peculiar. É saudade desta época que não viveu. É saudade dessa ternura morna e ingênua, de fato indefesa, que apenas alguns ainda trazem em si.

Porque, vida...ela ainda tem fé.E sonhos. Volta toda noite dos estudos, e,para a surpresa do tempo, ela ainda contempla a lua longos períodos. Sem pressa. Com essa ternura morna e ingênua, de fato indefesa, de quem gosta do mundo, de verdade. E sonha.

E, olha...como ela sonha! =)


sábado, 22 de novembro de 2014

Ponteiros


Tenho um relógio sem ponteiros.
Tatuado à pele d´alma
Mas ele não manda na vida!
Só  recorda a hora
Que eu quero que seja o agora...

Ando tão só, sem doer...
Tanto amor num frasco
Sem aspergir perfume
Luar sem lume...

Ando tão cheia
De anjos de Deus ao redor
Sempre a remar pra melhor
A apontar caminhos que desconheço...

Sinto falta de um paraíso perdido
Em algum piscar do cílio
De uma primavera que passou...
E me deixou....

Tenho um relógio quebrado,
Um bom motivo para sonhar todo dia,
livros e um caderno de poesia
Bons amigos e uma família....

E dizem por aí
Que isso é parte da felicidade...
E que em tudo falta um pouco
Tempo,espaço,sementes
Com o tempo, somos menos metades, mais gente.#




Dormir, que amanhã o dia começa cedinho! =)

Dia de testar o esforço e o exemplo das vincas que sorriem =)

Hoje, dia de simuladão e o sorriso das vincas a me dizer que sucesso já é tentar. A consequência é o que buscamos,mas não o mais importante. =)

Luz!



sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Super - Heróis somos nós. (Devaneiozinho antes do sono)

Dia desses eu estava chateada. Muito chateada com acontecimentos do dia, com o conteúdo que não vencia, com a highway...que parecia tão longe e confusa. Eu realmente me senti aborrecida, o que não é do meu cotidiano ou natureza.

Aí passei em frente à uma casinha cheia de flores e recordei que lá mora uma senhorinha simpática, que me foi apresentada em conto, por Alcinéia Cavalcante, em seu livro "Paisagem Antiga". Parei na padaria e tinha meu bolo favorito, quentinho, desmanchando na boca. Passei por uma mangueira e recordei de um pescador que colhia o fruto maduro e levava embrulhado em papel de presente para casa. Havia um pequeno arco-íris no céu mortalmente claro e calorento de Macapá.

Fui tomar um banho e olhei meu bagunçado jardim( Cuidarei dele para enfeitar o natal, papai do céu,prometo). Mas minhas lindas vincas, plantas de fácil cultivo e natureza, estavam lindas! Me recepcionaram com seu perfume.

Sai para estudar quase arrastada. Liguei a rádio e tocava a música pop engraçadinha " Ter fé, pois fácil não é, nem vai ser"..

Refleti que,afinal, o que é ser fácil ou difícil? Isso é tudo uma questão de perspectiva. Por exemplo, para mim, uma tampinha de 1,59cm, é muito difícil pegar coisas na parte de cima de armários, feitos para pessoas medianamente mais altas. É difícil andar rápido, porque minhas limitações físicas e poéticas me levam a um caminhar mais lento, o que frequentemente atrasa meu tempo. Ou o das pessoas que me aguardam. É difícil dirigir, pois tenho pouca percepção de espaço e perspectiva, enquanto para algumas pessoas parece uma faculdade inerente.

É difícil para todo mundo, de diferentes maneiras e perspectivas. 

Mas, por outro lado, é fácil também. Isso se repete mesmo na ficção. Os super-heróis têm limitações! Meu favorito,por exemplo, tem por fragilidade o fato de ser um... Humano!

É, Batman. Todo mundo tem um dia difícil.
Todo mundo é herói e vilão de si: Perspectiva.

Quem somos


Que as cores do sol
Brilham diferente em cada vitral
Que nada é igual...ainda que constante
Isso me disse Maria, aquela senhora elegante.

Que o brilho da lua
Nem sempre é esplendor
Que ela recolhe a face se sentir dor
Isso descobriu a poesia e a juntou ao amor...

E quem sabe todas as fórmulas de tudo que coabita?
Quem é o chefe do armário caótico em expansão?
O senhor do pincel? Sua bondade e painel?
...E quem somos nós nessa incrível  missão? #



Sobre o hoje!


Hoje, eu não queria ter tantos códigos de postura, não ir trabalhar agora e ir dormir o dia todo, esquecendo a agenda ou queimando o espaço. Queria deitar, curtir o tédio, como um final de domingo, estes que também não tenho tido, plantando meus sonhos

Queria aquele abraço, aquele cheiro e aquele sorriso, e queria que o mundo não tivesse tantas notícias ruins, de gente indo embora, sempre me recordando da responsabilidade e efemeridade de estar aqui e de como" isso tudo" pode ser rápido, atropelando minha lentidão mansa.

Hoje eu queria sonhar as coisas mais bonitas, os espaços mais poéticos, eu queria ARREBENTAR com as portas da vida e entrar cheia de flores, surpresas e doces, surpreendendo o coelho de Alice, que tropeçaria e quebraria o relógio.

Hoje eu queria ver um milagre bem na minha frente, eu queria ser o milagre aos olhos Dele, fazer melhor de tudo o que tenho tentado e arrancar uma gargalhada surpresa de: "Olha o que ela fez!"

Hoje, só tentar  ser o meu melhor não basta, eu queria ser mais do que agrada a todos que amo, mesmo sabendo que eles me amam por ser quem sou. Só hoje, eu queria dar uma pane, pano para qualquer manga, mas vou tomar banho, respirar fundo  e estudar.

Será que todo mundo tem um dia em que o que há não basta? Confesso, sempre tenho, pois sou muito auto-exigente. Mas não com os meus, é comigo, pois a eles dou o melhor da tolerância de serem quem são. Eu só queria me dar um pouco mais disso.

Hoje eu queria uma cachoeira no quintal, uma brincadeira de natal, qualquer coisa simples, conhecer papai noel de verdade, dizer a ele das crianças que precisam mesmo sentar no colo dele, sentir e ouvir a chuva cair a noite inteira, contemplar sem pressa o entardecer...

Um milagre qualquer, já me basta.

Hoje, deve ser TPM. Amanhã explodo um posto de gasolina.


:)

Prece Matinal



Como tudo que se ama livre é
Em prece, sopro o teu barco para a tua maré
Não sei qual será a onda que vai mexer a âncora
Da minha emoção
Mas o que quero é o teu sorriso aberto
Aqui ou em qualquer estação...#




"Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata a lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor..."

Linda, Naldo!



Estado Democrático de Direito


Se essas letras falassem a verdade
O código da vida seria mais fácil!
Mas tudo que determina são conceitos e prazos
Que ninguém lê ou crê...

Depois de um tempo, virou disfarce
Meio de controlar a massa e sua nocividade
Que sem compreender palavras difíceis
Assente deslumbrado ao código fechado...

E eu, que vejo poesia até no escrito
Que percebo o quanto o mundo pode ser bonito
Começo a imaginar....
Que um dia, ainda varei...ainda será. #

Hoje! Um novo trabalho começo, um horário de estudo aumentado, e sonhos.
 Será que um dia o mundo vai ser assim? EU SEI QUE VAI. ;)

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sobre os sonhos e as saudades

''SONHAR, nunca desistir. TER FÉ.
Que fácil não é, nem vai ser ''

Como tudo na vida, vontade...
Como tudo na vida. Saber o que se quer.
Como tudo na vida...escolhas.

Estudar até tarde hoje.
Saudades múltiplas multiplicadas e uma fé bisurda em papai do céu.

A vida dá seus sinais. '' Basta ser amalucado o suficiente''.

E ' amaluquice' non sense é a especialidade da casa.

Simbora. :)