domingo, 13 de setembro de 2015

(Tamanho)



Ainda não caibo
E talvez não encaixe em canto algum!
Sigo a vida
Entranhamente estranha..

É solitário,(só) eu sei.
Mas vou te contar...
Foi, a chuva me contou um dia
Que desaguou para o mar
Pois no céu já não cabia...

E a flor saiu da semente
Pois a estação
é o agir do tempo
E o tempo muda a gente...

E 'lugar' não é conceito igual
Em ponto ou espaço algum
Veja, é tão plural!
Mesmo estrelas se movem no espaço
Nada é senso comum...#




domingo, 6 de setembro de 2015

Navegante


Dentro de meu coração
Mora um rio...
Tranquilo...revolto
De marés abstratas 
a brincar com o vento...

Navego-me.

Quanta correnteza habita?
A todo instante: vazante e preamar
Um riso, uma lágrima contida
Tanta já vertida! 
Quanto ainda há?...

Por horas o vento enamora de mim
Penso que desaguarei, sou mar
Num tipo de ritual sem fim
De onde a vida habita e se transforma
E pelo sal, renova...

Navego-me.










sábado, 5 de setembro de 2015

Confissão



Sabe,

Existe um abraço que eu não te dei...
Um sorriso que não guardei
E uma bênção que se ausenta
No bom dia matinal...
É que saudade não sai no jornal
Como não mais as paisagens
Que tu contemplaste...

Sabe,

Existem coisas que não te contei
Das ausências que moram aqui:
Saudade de  ver
 teu cabelo cair, rarear, embranquecer
Os anos mudarem a face tua
Ou mesmo só passear pela orla
Tomar um sorvete e contemplar a lua...

Sabe,

Às vezes  esqueço que não tem como chegar
Pego o carro e corro para o CCA
E olho, distante...tento encontrar
Qualquer detalhe a mais nas paralelas da vida
Um milagre, descuido no tempo-espaço
Que me permitam  sair do poema

Atravessar e pedir para chamar  o Prof. Vilhena...#