quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Narciso




 Primeiro, era o EGO

E o EGO feriu: partiu em mil pedaços
Tadinho...Criou mil versões de si:

Por dentro, mil pedaços
Mil amores estilhaçados:
O de ouro, o neutrinho e o expiatório 
- perfeito para ser sacrificado:

 a regra do 'açoite' e do assopro - depende do elo de amor...

Elos de dor, o Ego deixou-se amargar
Um pequeno prazer: 
Fazer outro alguém também chorar
Viver a dor e dizer...

"você também deve viver, pois eu também vivi...''
(Um conforto aleatório dolorido
Um silêncio sem gemido -
Como discernir?)

- Esse ciclo não sara nunca, meu bem
É uma pena! - Convença-se.
Narciso ao espelho não quer amor: 
Divide-se entre pagos adoradores e mentiras elaboradas

Papéis petrificados:  O de ouro, o neutrinho e o bode expiatório...

- Detalha-se e deita-se no engano e justifica a tudo:
 Qualquer quebra de 'roteiro'! 
Qualquer descelebração do acordado
Pois, por todo lado, o 'expiatório' paga por outra experiência vivenciada

(Mesmo que não tenha concorrido para aquela realidade praticada)


No entremeio,
O doido é você: não duvide, não questione
Celebre a falta de roteiro na conduta:
De super atento a negligente!

Desde que a semente venha em favor...

Por favor:
Por isso, se cuide, coração:
Para também não enlouquecer
Caminhe, coopera, viva...deixe viver...

Entregue nem ao céu e nem ao espelho:
Mas a Deus, que a tudo vê
Caminhe, perdoe-se também:
Mas devagar

Porque é preciso autoresponsabilizar.

Deixe de ser cumpridor 
Do exímio descumpridor de tratos
Retire do relicário
Aquele velho retrato de amor...


#



sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Comentários a respeito de Emerson.

 

Leva tempo, leva espaço
Pedaços inteiros do coração
Leva lágrimas e custa trajetos
Sustentar o pedido em oração:

Tudo que Deus nos concede
Mais do que apenas 'ato', é uma responsabilidade
A dádiva, como a luz, a todos alcança
- É o que fazemos que diz como será a dança.

É Dezembro, e não foi rápido: Passou lento
No exato tempo que precisei...
Pois, é verdade,  querido:
Cresci tanto, no último ano!

Aprendi sobre mim  no agora
Mais do que na última década!
O homem, entre lobos, não precisa também correr para ser lobo
Mas pode sê-lo, sem transmutar em fera.

É tudo uma escolha, que exerço cotidianamente...

Ciente disso, aprendi a aquietar a mente
Mesmo na frente no maior filho da puta 
Entendi que - meu pai tinha razão -
O erro alheio não pode valer a minha conduta.

Pois as pérolas, veja bem
Não se dão a Porcos
E é verdade que quem com eles se 'ajunta'
Procura por aquela racionalidade 

Por isso,  hoje apenas separo os dois em minha mente:  Sigo em frente.

Agora, tenho um diário
Para que minha baixa memória 
Não conte roteiros errados
Lá, deixo anotado...como o aprendido aprendizado

E sob o dito e o não dito, bendito e bendigo: Amém, já foi...

Porém, já não esqueço de falar nele - principalmente
Quem também sou e o que faço para contribuir com cada realidade
Afinal, olhar para si com verdade
é sempre a mais difícil tarefa

Por isso, levo à sério o que Emerson me diz
E mais ainda o que ouve de mim
Pois isso sim, vale à pena:
Eu preciso ser a verdade que espelho

Não ao espelho! Mas, à noite, ao falar com Deus...

Não repito a (c)egos o poder do erro
Cada um de nós recebe - ouve ou não - os sinais
Afinal, quem ri por último não ri melhor:
Bom mesmo é o que ri em paz!

#



*Essa é claramente uma poesia que foi nomeada com inspiração em 'Comentários a respeito de John". Mas é que é uma história parecida, pois Belchior conversa com a filosofia e com uma música de John Lennon. E também porque eu ainda acredito fielmente que 'a felicidade é uma arma quente'.
 E como este foi um ano incrível sobre prioridades, disciplina, orações, crescimento e sobre paz e felicidade sentida de acordo como 'me aprendo' por dentro, cotidianamente, que a nomeei com o nome da pessoa que Deus escolheu para me ajudar nessa trajetória: um anjo que a gente nomeia por aqui na terra de 'querido terapeuta'. 

hahahahahah



LUZ!