terça-feira, 22 de novembro de 2022

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Tiro-ao-alvo
Eis-me aqui:

Depois,
De caminhar em direção ao infinito 
Eis que chego finalmente 
(Em mim)

Redefinindo passos e prioridades
Minha própria textura e densidade
Recriando espaços
Bem no coração...

Às vezes, dá um cansaço
Noutras, tanto entusiasmo
Pois enfim, eis que estou aqui
(Presente)

Tiro e alvo:

Sem pele e coração dormentes
Sensível à brisa e ao cheiro do mundo
Primeiramente,
No ato de ser própria

E imprópria (Quando eu quiser)
Com a o sorriso inteiro
E o coração, 
de pé.

Desperta, amando a pele que habito
Finalmente sinto
Que não ando só
E, cada vez melhor

Priorizo minha própria sanidade
Meu riso, minha mocidade
E quem me dá o direito de viver
A delicadeza do Universo

- Pois já não me cabe o re-verso.

E assim, quero por perto
Só quem bem-me-quer com a força da ação
O resto, a vida leva,
 feito o tempo e a maré

(E a isso chamo 'Estar são')

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