sábado, 13 de dezembro de 2014

A chama (Devaneio)




Sempre acreditei nas coisas bonitas e possíveis da vida, como o poder que cada um tem de emanar amor. Sempre defendi que é a força mais poderosa que podemos construir. A chama ainda queima e queimará sempre, o amor é combustível da alma. A caixa de pandora que abrimos todos os dias somos nós. Nossa capacidade de lidar com quem somos e sentimos.
Existem pessoas com naturezas amenas, que abrem sem queimar-se. E existem aquelas a quem a caixa é tão profunda, que é preciso delicadeza ao abrir, porque mesmo a si pode ser um perigo.
A chama de cada um é particular.
A forma de amar, às vezes equilibrada e elegante (acho admirável,embora não seja), noutras desmedida, inteira, ilimitada, quente (como reconheço o amor). Essa forma de entrega precisa encontrar o equilíbrio de não queimar ao outro, para que o amor siga os preceitos de Paulo: " O amor é caridoso, paciente, benigno".
Mas, o mais incrível do amor, é o poder do perdão. Nunca tinha percebido que essa é sua força motora de renovação. Quanto mais perdoamos (ainda que implicitamente,cotidianamente), mais toleramos, convivemos e melhoramos. A caixa de pandora abre, queima as mãos de ambos, e mesmo assim regenera. Já percebeu que as pessoas que você mais ama são as que mais perdoou, de alguma maneira? é, também tem a ver com o fato de que é justamente quem amamos que tem o poder de nos queimar mais. E daí o ciclo - vida faz o convite: O que fazer com isso? 
A decisão é particular, como a caixa.
ha! Mas este é um enorme aprendizado. Deixa a chama emanar. Com delicadeza e crença, uma hora chegaremos no ponto de aquecer sem machucar.

=)

* Devaneio baseado no livro de Alberto Almeida "O amor pede passagem", meu bebê da noite nesta insônia. Recomendo, é um livro fantástico. =)

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