terça-feira, 23 de setembro de 2014

O dia (Conto)


Hoje ela acordou, pisou com o pé torto e torceu o pé. Chorou (ela é a pura estação das águas), ligou para a mãe, para a irmã,para o irmão, para o peixinho da sobrinha e depois viu que era só uma torcidinha e podia caminhar.
Fato, a moça não sabe sentir dor.
Aí arrumou-se, tomou o mesmo café, regou as plantas e foi trabalhar. Youpie! Ia chegar no horário. Trânsito lento atrapalhou. Barulho. Brummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm.
Batida. 
O quê? Outra?
 Diálogo, resolução. A moça gosta de resolver sem conflito.
O irmão chegou, tratou de colocar a flor no carro e resolver tudo. Deixou no trabalho, disse que ela era uma menininha que devia pensar em adotar um táxi e que lhe amava muito para perdê-la em um acidente de trânsito. Que exagero (bah! táxi). 
Voltou ao trabalho, que lhe paga as contas do mês e as batidas de carro (rs), com o pé completamente curado e a certeza de que a vida é mesmo coisa muito frágil. Então, sorriu! Hoje, agora. Problemas acontecem para você perceber como é milagroso estar aqui, e como é precioso e preciso viver.


(Contos são apenas contos de uma mente maluca, queridos leitores) :)

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