segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Bailarina II

Danço só para ouvir meu próprio passo. Não desencontrada, (ar )ritmada.  Como quem ainda não sabe qual o destino, mas entende que sorrir, apesar dos pesares que às vezes nos pesam, é sim ter a grandeza de SER. Que amor, perdão, luz, escuridão, fórmula de felicidade e tantos outros conceitos são tudo isso: Conceitos. Ninguém é dono de ninguém, tampouco de seus conceitos. E da sua renovação de conceitos e passos, do qual tenho sido a prova viva. Aliás, prova-vida. Que tem muitos sabores: Amar(go), Do(r)ce, (e)terno...

Danço só porquê não tenho pressa e quero tudo que é real do paraíso: Beijo, abraço,amor, sorriso. Abro mão daquilo que não toca a canção da minha alma. Ando só,mas menos distraída e mais calma. Mais cheia daquela velha ternura,que não ficará nunca na estrada da dor, pois eu escolhi o outro lado...

Danço certa de que pessoas são luz e escuridão, inclusive eu! Porque haveria de me pôr asas de anjo? Oras, sou dos diabos quando quero. Pior, quando não quero. Mas também sei de quem sou, e nas perdas e ganhos, sempre tento o caminho, o rio que me levará a ser melhor, para mim e para os meus, e por isso posso dizer, que danço só,mas hoje amparada pelas mãos de três rainhas e um rei, que dizem sempre que o mundo é bom, e que faz parte de processo de crescer às vezes desflorar-se....

Sou um pouco das poesias de um pescador, das canções de um grande amor, dos conselhos de uma mãe e um pai crianças e do sorriso e um anjo em forma de gente, que atende pelo nome de Júlia. Sou composição do ontem e do hoje em diante, do que poderia ter sido e não foi, do que virá,  que não sei como será. Mas...otimista! Porque essa é  minha essência, e quando às vezes a minha adulta balança ( e como balança!), os amores que cultivei me estendem a mão...

Tenho ouvido de muitas pessoas que sou uma pessoa boa, e que pessoas boas estão aqui para serem felizes. Primeiro: Não é possível ser só bondade, podemos apenas nos esforçar para não exercer o mal (à outrem, à nós, à quem amamos) cotidianamente, e nem sempre isso dá certo. Segundo: Não faço o "jogo do contente". Tristeza também é para ser sentida, já disse Lya Luft.

Danço só, mas confiante de que o machucado serve para ensinar, o amor para crescer, e o que faz bem para cuidar. Então...eu cuido dos amores que Deus trouxe para caminhar comigo, crescer e partilhar de todo esse amor que sempre parece querer expandir ou implodir dentro de mim. Prefiro doá-lo, assim reequilibro a balança interior.

Danço só,aprendendo a "me ser" e desatar "dos laços que me dei". Mas eles são confusos e muito emaranhados e fortes.

 Mas enquanto isso...ando e sempre andarei de mãos dadas com meu querido Deus...

:)


Bom dia!

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