Amar Belchior é compreender um pouco do quanto o mundo "lá fora" pode assustar aos corações selvagens. É ver poesia em batons e bocas sujas de batom, formato de nuvens e abraços com palavras. É ver que, às vezes, boas pessoas têm péssimos defeitos e seguir na compreensão de que a nossa maior marca- mesmo - é a de amar e correr os perigos que a vida evidencia. Mas, amar...ha! nunca vai ser fácil ou plácido, a não ser que seja com o espelho. Envolve tempo (seu e do outro). É ver esperança em cada casal que passa na rua e pedir ao senhor do pincel para que eles passem pelo teste do tempo. Amar Belchior é compreender que duas pessoas absolutamente fantásticas (Raul), podem jurar e dialogar ideologias diversas, e até brigar poeticamente. Amar Belchior é entender Raul. E vice-versa. É entender que nas paralelas da vida, o fim do "termo saudade" pode ou não se tornar a nossa realidade...e que absolutamente tudo nessa vida depende de nós! Afinal, já disse outro poeta: "Milagres acontecem quando a gente vai à luta".
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