Ela teve um dia cansado. Foi quase toda mecanizada, para cumprir com os muitos afazeres do dia. Todo mundo tem um dia assim, embora ela não seja habituada. Sentia o coração pedir atenção,mas não era taquicardia, então não havia porque ir ao médico. Ela simplesmente não tinha tempo! O mundo às vezes é voraz com os sonhadores.
Chegou em casa e reagiu à necessidade do organismo...alimentou-se, bebeu água, tomou banho. Deitou-se. Parecia tão plácida, a garota-implosão.
Olhou-se no espelho, bem dentro dos próprios olhos que sabia bem que eram oblíquos, embora não dissimulados. Eles tinham umas verdades vida-adentro que ela ...ha!.Enfim, ela só precisava dormir.
Estava cumprindo com o ritual profundo de se pertencer. Por mais difícil que lhe parecesse, andava se saindo bem, surpreendentemente. Andava meio interrompida de sonhos. Aqueles reais. Por isso, sono lhe era bem-vindo. Momento feliz de deixar a vida desenhar seus passos.
Perfumou-se, perfumou a casa, passou os cremes habituais, enrolou-se no edredom. Poderia ser um dia comum, mas...ela? nada era igual nos seus dias, ainda que os mais mecânicos.
Deitou-se.Era agora ilimitada.
Ela...e a casa dela!
* Estou com a ideia de fazer brincadeiras com músicas conhecidas. Conto histórias que hipoteticamente poderiam ter embasado a música. Esta, foi "Ela", do Frejat.
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