Talvez eu não entenda mesmo nada
E a estrada seja esse céu azul
Essa calma ventilada
Que invade a alma...
(E esse branco no papel, tem tanto sentimento...)
Talvez, seja preciso o tempo soprar
e o vento fazer seu movimento natural,
e o vento fazer seu movimento natural,
Viver deve ser isso:
despir-se de certezas...
Confesso, fica uma ponta de tristeza,
Mas, depois de uns anos de viagem
Quem não tem um ou outro dia nublado
Em sua interna paisagem?...
Sei lá...melhor deixar a vida acontecer
Do que tentar puxar o inatingível
Somos detalhes de uma máquina tão complexa e interna
Entre culpados e inocentes, a multidão ao espelho pede
Para coabitar...
Anoto meu dicionário próprio de eternidades:
Nele, sei que Maria quer dizer amor
Pai, quer dizer conversas malucas às madrugadas enluaradas
e irmã, um tipo de milagre, presente de jornada...
Aquilo que ainda não descobri, deixo a vida dizer!
O céu de outubro traz o anoitecer
e deixo o tempo contar quem sou dentro de cada mundo que toco
E, em tudo que passo, quero deixar o perfume antigo
De gente muito carne, muito crua
Humanamente imperfeita e incandescente
de gênio e coração bem quente
Nascida na lua crescente
De um abril qualquer...
Pessoa, muito em brasa, muito viva
Cheia de ternura e curiosidade
e que, depois da tempestade
Sabe virar um arco-íris
(Misto de leveza a densidade)
#
Confesso, é muito difícil para mim entender a vida. Sou distraída demais...
Mas, sobre ser gente...acho que é: nunca deixar de ter sonhos, de ser doce e de acreditar na bondade da vida, das pessoas e do amor. Porque as palavras são para ser doces...e o poema é para ter FÉ.
Mas, sobre ser gente...acho que é: nunca deixar de ter sonhos, de ser doce e de acreditar na bondade da vida, das pessoas e do amor. Porque as palavras são para ser doces...e o poema é para ter FÉ.
LUZ!
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