terça-feira, 30 de outubro de 2018

Ensaios


Sempre dispersa, nunca alheia:

Pensativa sobre as dores do Universo
No avesso, o verso veio p´ro pulso 
Só para salvar a emoção...
E foi assim que não endoideci:
De ser encontrada por delicadezas...

Mas a fome pranteada nas esquinas
Sempre tira um pedaço do bom da emoção
Meus vizinhos gentis que não podem amar
Amedrontados- Num discreto ir e vir -
Lembram-me o velho ditado: " é proibido proibir"!

- E tudo isso é de arranhar o coração...

O globo azul gira e a gente entontece ou vai junto
Parece que foi ontem que aprendi sobre geografia
Mas nunca sei qual é a direção
interpreto mal todos os sinais
- Na sina de não ver claro, feito a luz do dia...

A vida me bate, às vezes...
Às vezes, revido. Noutras tantas, amacio!
Pois não duvido da suprema lei
Que nada de bom nasce  da lágrima de alguém
A gente aos poucos aprende as regras do mundo...

No avesso, meu endereço tem nome: Poesia!
Sou muito de bênção, escrevo e acredito na bondade
- Esse é meu quinhão
Borboletas em pleno verão passam atemporais, 
Há um jardim amado sob minha janela...

Plantei tanta coisa bonita nesses anos que passaram
Coisas bonitas e verdadeiras frutificaram
Tenho tanto amor cultivado, uma floresta de ternas abstrações
E eu ainda planto a semente da fé e ando contente
Creio tanto no milagre de ser gente

Que nem sei dizer...

Sigo com esse sentimento a latejar dentro do coração
Com verbos riscados na parede da emoção
Haja sangue, corpo,alma e tempo!
Para cada verbo, um momento...

Alterno entre o susto e o riso...tudo bem
Danço só uma melodia qualquer...tudo bem
e continuo doce, porque sou filha de um imenso rio
Por onde for, sou quente correnteza
Sentimento e arrepio.

#

LUZ!

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