terça-feira, 9 de outubro de 2018

Pesadelo Distópico



Pesadelo distópico macabro:
às vezes, viver é um enredo Kafkiano
Angustiante, lento e inexplicável
Feito dormir humano e acordar transmutado

(O dia nasce desacordado
No avesso do luar...)

Como um bicho estranho,
Que sente o coração doer na cabeça
E uma a cabeça bater no coração
Numa guerra de tronos louca

Até explodir a habitação...

Pesadelo distópico macabro:
às vezes, a vida gosta de dizer que tem razão
e feito uma colônia penal dos pecados alheios
escrever na pele um cruel enredo...

Sem clemência da emoção.

(Susto e assombro se misturam
Ao que já foi só beleza)

Por isso, suporte.
Viver é ter aporte interior
Para aguentar ver dissolver toda a ternura
E ainda assim, ser e existir de amor...

#

Quem chamou as obras de Kafka de distopias era certamente um sonhador ou tinha baixa perspectiva psicológica das emoções humanas. 
Kafka é a dura realidade da transmutação existencial, pois somos instantes, mas também, conteúdo do hoje e do antes.


LUZ!



Nenhum comentário:

Postar um comentário