De onde vem essa multidão de amor
Que caminha
Debaixo dos olhos da segregação?
Que manto é esse que enxerga o outro
e mansamente lhe dá...proteção?
que força é essa que dignifica
Mesmo a aparente tarja da insígnia do erro
E que, abismadamente, resiste
à brutalidade imposta pelo medo...?
Medo de quem vê,
de quem está
e de quem passa...
pois,
para o manto, somos todos apenas...gente.
Nem culpados, nem inocentes!
- Pássaros de asas amarradas...-
Nem culpados, nem inocentes!
- Pássaros de asas amarradas...-
Que sorrisos são esses
entre a súplica, a vergonha e a resistência
Que viaja e sonha por todos os lados
Na certeza bonita que o livro mais antigo dizia:
entre a súplica, a vergonha e a resistência
Que viaja e sonha por todos os lados
Na certeza bonita que o livro mais antigo dizia:
"O amor encobre uma multidão de pecados".
#
#
" O amor é bom, não quer o mal (...)
é um estar preso por vontade
é servir a quem vence, o vencedor...
é ter com quem nos mata lealdade, é tão contrário em si, é mesmo o amor..."
* Encontrei uma
aluna em meio à multidão de amor, em dia de visita, no Complexo Penitenciário do Amapá. Ela parecia tão envergonhada. Isso me encheu
de lágrimas e compaixão. Então, nasceu este poema, que meu jeito de torcer e
dar apoio aos familiares de pessoas segregadas. E,porque hoje é Círio, eu recordei daquela linda canção..." e a fé dessa gente é tanta, que a dor que essa gente sente passou a doer na Santa..." Se todos nós
temos nossos próprios desafios e pecados, quem sou eu para ser juiz da dor do
outro?
Cada vez mais,
eu sei porque vim ser uma...advogada!
Porque tudo me faz mais humana. E poesia é isso...é vida que não pode ser morna e nem amorfa, mas quente, viva , pulsante.
LUZ!
Nenhum comentário:
Postar um comentário