Ferida, sou cacto
Mansa, cheia de flor.
Na vida, espinhosa e árida
Na alma, perfumada e cálida
...é assim também no amor!
Esotérica,
Pele com banho de cheiro,
e no entremeio, Teço poesias.
Teço poesias!
Pois não pude aprender com minha avó
As rezas pagãs das benzedeiras
Os místicos rituais, tendo o Amazonas por beira
Como um pedaço em mim que jamais se completou...
Resgato,
Na força da ancestralidade que me corre o sangue,
Um pouco da magia, brinco com a fina poeira do cotidiano
Aprendo com a natureza que não há enganos
A semente que floresce é a que plantamos...
Aprendi que é de lágrima
Que se faz um mar
E é de riso que o Amazonas dança
Cada um com seu próprio movimento,sabor e temperança...
Ainda criança, aprendi a ter medo da maré
Mas mergulhar nas águas de um igarapé
Como quem sabe que, filho de mãe d´água,
Encontra o rumo, pois está em casa...
Sigo uma rota tão particular!
Não sei aonde vou chegar
Mas, se o porto é incerto,
Certeza é navegar...
#
De ver a maré.
É que, no avesso complementar da célebre frase da Frida, eu sou o que mais desconheço. E em tudo que descubro, teço...poesia! Por aqui, dá para saber muito de mim, da fina pele da emoção que me recobre.
LUZ!
LUZ!
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