quinta-feira, 24 de março de 2016

Resistência Poética (Ou, para o cansaço do agora...)


Vamos brincar de poesia? 
Curtir o gosto da chuva
Ir a algum lugar que o vento sopre
forte, sem curvas ou direções...

Vamos procurar  umas flores
No meio daquele limoeiro
Dizem que lá se esconde o mundo inteiro
Do beija-flor aqui do bairro.

Não tenho quintal, nem muros
Apenas uns cobertores e versinhos surdos
Não tocados pela incredulidade dos adultos...

Não tenho certezas, nem rimas cultas
(nem 25 advogados para explicar minha intenção!)
Não tenho sigilo, mas guardo segredos...
E sangro sem medo de operação...

Vamos escrever em folhas secas
Nossos sonhos...e soprar ao vento
deixar o movimento nos lembrar
o que é dançar! O que é sonhar!

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Desculpa se ofender sua leitura do momento. Foi só  tristeza pelo  presidente da minha adolescência e tudo o mais que isso representa, pela fragilidade do meu país, entremeado em  resistência poética,deslumbramento pela vida e,  apesar dos pesares, vontade de dizer: O pulso ainda pulsa.


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