Não...
A mim não
cabe ser só um pouquinho
Bem sei,
pode parecer estranho
Mas não
caibo na matemática
Das perdas e
danos...
O tempo todo
ganho algo da vida
Que é mais
substantiva do que se acredita
Mais fina e
inexplicável que os romances astrais
E mais doce
do que contam os jornais...
Os rios
continuam a correr com sua doçura implícita
Mesmo quando
desaguam no sal
Ou feridos
pelo mal do existir humano
Que fere seu
seio em busca de ganhos...
Não...
A mim, não
cabe ser só um pouquinho
Esse coração
gigante não deixa! A rosa louca pulsa,
E a lua não
dorme em minha emoção!
Escorre
quente, em forma de oração...#
Depois de assistir ao jornal, que
sempre quer reduzir nossa condição humana a tão,mas tão pouquinho. Ou melhor,
que reflete o tanto que as pequenezas humanas estão desproporcionalmente
agigantadas. Aos donos de um coração: não nos cabe
ser só um pouquinho! Podemos ser as próprias boas notícias. Não acreditar nunca no
jornal, nessa humanidade tão assustadoramente mesquinha.
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