quinta-feira, 10 de março de 2016

Não!



Não... 
A mim não cabe ser só um pouquinho
Bem sei, pode parecer estranho
Mas não caibo na matemática
Das perdas e danos...

O tempo todo ganho algo da vida
Que é mais substantiva do que se acredita
Mais fina e inexplicável que os romances astrais
E mais doce do que contam os jornais...

Os rios continuam a correr com sua doçura implícita
Mesmo quando desaguam no sal
Ou feridos pelo mal do existir humano
Que fere seu seio em busca de ganhos...

Não... 
A mim, não cabe ser só um pouquinho
Esse coração gigante não deixa! A rosa louca pulsa,
E a lua não dorme em minha emoção!
Escorre quente, em forma de oração...#




Depois de assistir ao jornal, que sempre quer reduzir nossa condição humana a tão,mas tão pouquinho. Ou melhor, que reflete o tanto que as pequenezas humanas estão desproporcionalmente agigantadas. Aos donos de um coração: não nos cabe ser só um pouquinho! Podemos ser as próprias boas notícias. Não acreditar nunca no jornal, nessa humanidade tão assustadoramente mesquinha.

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