Foi o 7x0 que calou
uma nação, aquele dia. O Brasil, favorito e anfitrião, saiu da cena da nossa
copa do mundo com o cheiro da goleada, junho deste ano.
Da goleada da técnica
sobre o talento, da disciplina e educação sobre a malandragem, do planejamento
sobre o imediatismo.
Mas, esse texto não trata
de futebol!
Na verdade, esse texto
trata do momento politico empobrecido e da nossa democracia de papel, que
tantos defendemos, enquanto não sabemos bem o que e.
Há muito tempo atrás,
li um livro chamado 'o cidadão de papel', do Gilberto Dimenstein, que tratava de maneira critica a dificuldade que
nosso Estado-Nação tem em produzir a Democracia de fato e como isto esta
associado diretamente aos fatores econômicos.A nossa
democracia- de papel- é faminta: de gás, água, de farinha, de pão e de toda sorte de circo que nos livre de olhar fundo para a nossa realidade.
A prova foram os
resultados desta eleição, que demonstrou que o gigante ainda não sabe para onde
caminhar, acordou com dor de cabeça e entontecido (deve ter levado uma goleada na cabeça). Acordou ainda viciado dos
sonhos e pesadelos coronelistas e clientelistas e permeado de
ausências identitárias. O Brasil tem fome, e fome distorce qualquer
sentido e ideologia.
Eu continuo a “ver a
vida melhor no futuro”, mas talvez tenha colocado uma fé maior nas manifestações
de junho - do ano passado- e no poder do agora no que realmente ainda não somos capazes de
fazê-lo: Renovar.Implementar. Planejar. Fazer valer.
E os “meio
intelectuais, meio de esquerda”, permaneceram nas redes sociais, a proclamar
uma justiça que não auxiliaram a executar. A classe media (dita “educada”, “esclarecida”)
dormiu, teve um “apagão” intelectual vergonhoso.
O que se viu no meu Estado e em muitos outros lugares, nada mais foi do que a renovação
que só o poder monetário e o da máquina podem nos mostrar. Como disse o Capitão Nascimento, herói cansado e depressivo do filme tropa de elite " O sistema é foda, parceiro". Na pratica, o silenciamento do discurso politizado do ano passado foi mais forte que o de qualquer estadio de futebol.
Sim, continuamos
pobres e cheios da mesma velha política, e levamos - novamente- a maior goleada . E que gol contra, hein!
(P.s: Estou sem acentos no teclado. Por favor, desconsiderem a vergonhosa ausência de acento agudo. Consegui na correção ortográfica alguns,mas outros o pc ignorou. rs) :)
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