sábado, 11 de outubro de 2014

Tudo que eu queria te dizer, Brasil. ( A goleada do Capital sobre o talento)


Foi o 7x0 que calou uma nação, aquele dia. O Brasil, favorito e anfitrião, saiu da cena da nossa copa do mundo com o cheiro da goleada,  junho deste ano. 
Da goleada da técnica sobre o talento, da disciplina e educação sobre a malandragem, do planejamento sobre o imediatismo.

Mas, esse texto não trata de  futebol!

Na verdade, esse texto trata do momento politico empobrecido e da nossa democracia de papel, que tantos defendemos, enquanto não sabemos bem o que e.


Há muito tempo atrás, li um livro chamado 'o cidadão de papel', do Gilberto Dimenstein, que tratava de maneira critica a dificuldade que nosso Estado-Nação tem em produzir a Democracia de fato e como isto esta associado diretamente aos fatores econômicos.A nossa democracia-  de papel- é faminta: de gás, água, de farinha, de pão e de toda sorte de circo que nos livre de olhar fundo para a nossa realidade. 

A prova foram os resultados desta eleição, que demonstrou que o gigante ainda não sabe para onde caminhar, acordou com dor de cabeça e entontecido (deve ter levado uma goleada na cabeça). Acordou ainda viciado dos sonhos e pesadelos coronelistas e clientelistas e permeado de ausências identitárias. O Brasil tem fome, e fome distorce qualquer sentido e ideologia.

Eu continuo a “ver a vida melhor no futuro”, mas talvez tenha colocado uma fé maior nas manifestações de junho - do ano passado- e no poder do agora no que realmente ainda não somos capazes de fazê-lo: Renovar.Implementar. Planejar. Fazer valer.

E os “meio intelectuais, meio de esquerda”, permaneceram nas redes sociais, a proclamar uma justiça que não auxiliaram a executar. A classe media (dita “educada”, “esclarecida”) dormiu, teve um “apagão” intelectual vergonhoso.



O que se viu no meu Estado e em muitos outros lugares, nada mais foi do que a renovação que só o poder monetário e o da máquina podem nos mostrar. Como disse o Capitão Nascimento, herói cansado e depressivo do filme tropa de elite " O sistema é foda,  parceiro". Na pratica, o silenciamento do discurso politizado do ano passado foi mais forte que o de qualquer estadio de futebol.

Sim, continuamos pobres e cheios da mesma velha política, e levamos - novamente- a maior goleada . E que gol contra, hein!




(P.s: Estou sem acentos no teclado. Por favor, desconsiderem a vergonhosa ausência de acento agudo. Consegui na correção ortográfica alguns,mas outros o pc ignorou. rs) :)




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