Viva Renato Russo, que trouxe para mim, ainda na infância, poesia viva e o melhor do rock nacional. Renato Russo, o sonhador que não sabia se adequar ao mundo tão conceitual em que nasceu. E por não saber-se, não cabia em si de tantos Renatos que foi. O aborto elétrico, juventude flagrante, o trovador solitário, romântico e isolado, uma Legião em um único ser humano, explodindo na banda de rock que deu seu toque em tudo o mais que o Brasil já produziu em termos do gênero. O poeta intranquilo, cheio de contradições, rebeldia e romantismo. O responsável por promover reflexões políticas, sociais, culturais, valorativas e transcendentais.( "Quem viu a tua alma entrando?" ....Uma das minhas favoritas).
Foi a loucura que brincava com a ternura e a verdade de ser e sentir diferente num país desconfigurado da década de oitenta.O ser humano que se perguntou as pequenas enormes questões internas, enquanto auxiliava verdadeiras revoluções, promovendo a reflexão profunda em uma juventude sem identidade.
Desconfigurado como agora, afinal...nada mais moderno do que falar nas mesmas antigas questões que atormentavam a juventude de Renato Russo: "O mundo anda tão complicado" - da mesma forma ou ainda mais.
Das bandas nacionais, minha favorita. Dos compositores, um dos que mais tentei compreender, embora nem sempre Renato fosse inteligível.
A Legião deixa um registro em todo mundo, em alguma fase da vida. Ou em todos os "hojes", afinal, ele mesmo deixou a mensagem " temos nosso próprio tempo", mas devemos "amar as pessoas como se não houvesse amanhã".
Urbana Legio Omnia Vincit.
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