terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Recado à gerência




‘Justo a mim coube me ser!’*
Mas, que péssima gerente!
Que tipo de gente
Colocou-me em minhas mãos?
Se sou poesia sem rima
Em alguma perdida canção?

Sou louca, equilibro taças de vinho
Pelos livros que tropeçam
Em meu caminho
E amo como poetas ou trouxas
Sou o avesso do avesso
Um tipo estranho de louça...

Sine cera...escultura frágil
Que tropeçou
Em sua própria intensidade
Uma lua chuvosa, introspectiva
Que tem suas fases de luz
Seu próprio blues  e tempestade...

Mas, não sei me ser diferente
 aquietar é sempre  silêncio demais!
E eis, que a poesia me rasga em mil
Entontece e embriaga, é voraz!
Enche de álcool, desassossega a alma
... Não me deixa em paz ! #

*Porque madrugada adentro,uma insônia levou a um livro, mudei o roteiro e tomei  vinho ao invés de leite,chá ou suco.  Ô grande gerente do universo, cuide de tudo por nós, porque o senhor é melhor nessa coisa de conduzir,não é? ;)

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