segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Então, é Natal! (II)



E,novamente, 365 dias se passam e nasce Jesus novamente.
Todos os anos, renasce!

Escrever algo inédito sobre a data do qual mais de milhares de escritores, cronistas, poetas e toda sorte de ser respirante já se manifestou, seria uma enorme pretensão, não é mesmo? Mas, como o aluanaodorme é é passional e clichê, essas coisas adoravelmente piegas que o coração ama, inicio com o mais do mesmo para quem sabe acrescentar!

Lembro-me do natal como momento de celebração da minha enorme família, sempre espalhada em algum canto do globo, feliz em se rever e celebrar, apesar de alguns laços mal atados. Das comidas específicas, feitas por minha mãe e tia, e as minhas pessoas, aquelas que meu olhar encontrou desde cedo neste caminhar. Recorda também a inesquecível  saudade do meu pai, homem que me amou com a simbologia que lhe foi ensinado, e que lutou para honrar o título de pai - Queria você aqui, Professor!

Natal é a afirmação de que, em algum momento, independente de data específica( pois há registros que Ele nasceu em Maio, alguns anos a.C – que ironia fina) , nasceu um homem que, na perfeição de sua existência, falou em amor e por ele viveu, com sua pureza extrema. Esse homem, cujo meu dialeto chama de JESUS, às vezes é substituído pela imagem de Noel, ou São Nicolau, ser que bondosamente distribuía sacos de ouro aos necessitados na simbólica data que viveremos, o que acabou por ser desvirtuado pela sociedade do consumo em presentes, que simbolizam este amor-renascimento, já que temos tanta dificuldade em falar de caridade, esta sim, a verdadeira mensagem.

Bem, não nego que gosto de presentear, e nesse sentido, falo da tradição de comprar “mimos” às nossas pessoas próximas, mas não como simbolismo de “amor”, o que sinceramente, nem de longe pode adentrar no significado de amar, mas sim porque, além de culturalmente condicionada, acho lindo olhar vitrines e imaginar o que será que poderia fazer o mundo de quem amo mais feliz.

Mas também gosto de pensar no amor que Jesus ensinou, transmutado em caridade, olhar que não pode ser refletido sobre o outro somente em épocas específicas, porque a sede e a fome do mundo não tem calendário. A identificação da humanidade entre si anda cada vez mais escassa, e não estamos falando apenas na faixa de gaza ou nas linhas vermelhas da vida, mas, no mínimo existencial, como o próximo, ainda que o mais próximo de nós.

É tempo onde a cidade se ilumina com as luzes coloridas que representam o brilho da estrela de Davi, que prenunciou o nascimento do grande espírito de bondade, confundidos com a tradição da árvore de Natal e neve, já relacionada aos pinheiros de São Nicolau.

Também é um tempo onde, inevitavelmente, realizamos a chamada “autorreflexão”, tão em moda nesses períodos e não menos digna por isso, afinal, tudo que de alguma maneira faz luz em nossa evolução é válido. 

Essa nostalgia do ontem, permeado pela tradição, as luzes, a troca afetuosa, a implícita mudança de comportamento na humanidade, o amor ao exercitar a palavra de Cristo, a vontade de fazer o bem, o brilho das luzes, da lua, da chuva...nossa! Como é bonito o Natal.
E dirão os pessimistas: Logo passa, é apenas uma data comercial. Mas, olha esse clima nublado! ele é comercial? Olha aquele menino na manjedoura! ele não é comercial.

Até porque, 'comercial' é propaganda, pode ser mercantilizada, e nesse sentido, a maioria das 'datas comemorativas' o são. Mas a magia só é vista e sentida por quem, abençoado pelo amor supremo que conteve a mensagem de uma vida que nasceu há dois mil anos (ou mais) compreende que a lógica verdadeira do mundo é amar.

E a incrível missão.

Um Feliz Natal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário