''É dentro de você
Que o ano novo
Cochila e espera
Desde sempre''.
Sou mais de introspecção que retrospecção. Não aprecio particularmente retrospectivas.
Retrospectivas representam que me digam o que devo lembrar ou que fatos são mais relevantes para que volte meu olhar e memória. Aliás, quanto às feitas pela TV (que já assisto pouco), raramente tratam de fatos relevantes. Não querem, de fato, a nossa memória. Não,não. Então 'retalham' o tempo entre a vida de celebridades, peladas fiscais e um aquele mesmo velho 'museu de grandes novidades', que nos torna ''mornos na água que nos cozinha''.
É a ''indústria do tempo'', utilizada para nos mecanizar.
Mas, não deixo de me espantar com a esperança do ritual de passagem, pois é incrível ver a força (co)movente de um ano novo e a reflexão do quanto somos místicos, ritualísticos : para respirarmos na cela, precisamos de algo que incite a vida a se insurgir, em um tipo de big bang (fogos!) .
É, já disse o poeta: precisamos da divisão do tempo, bálsamo para almas cansadas. Mas, somos também continuidade: os anos velhos e o ano novo se entrelaçam em nós, em um (e) terno movimento. Brincamos de dividir o que, na matemática da vida, é acréscimo, porque o ontem e o hoje são ganhos.
Hoje, 2016 cochila suavemente, acorda à meia noite, dentro de nossos corações, como todos os dias acordam suavemente quem somos: filhos da D. Esperança.
Hoje, 2016 cochila suavemente, acorda à meia noite, dentro de nossos corações, como todos os dias acordam suavemente quem somos: filhos da D. Esperança.
A sua bênção, Sr. Tempo!
2016... "Que seja doce"
=)
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