sábado, 16 de junho de 2018

Distraída



Longe das ordinariedades
De um cotidiano pálido
Distante dos homens de palavra
Que falam e andam
 costas envergadas por pesadas pastas

distraída de relatórios e notas explicativas
 que delimitam fácil demais o sentido da vida
Afastada demais das Societés e suas comunhões
- O par a par da confraria de múltiplas convenções - 

A poeta olha o céu.

Bebe água quando sente sede
Abraça p´ra doar calor
Molha os olhos quando sente dor 
Ri, conversa com crianças 
E gosta de ser e se vestir de amor...

Distante das esfinges de pedra
Que observam a vida sem deslumbre
Quase com desdém
desentendida de quem passa sem surpresa
Por canteiros e esquinas

Alheia às ilusões de poder
Que abrilham-se em mentes pequenas
e às vidas que antes do riso pedem identificação
num tipo de quid pro co 
que ordinariza a emoção

- A Poeta olha o céu.

Gosta da vida e aprecia ser viva
Da luz das flores e das coisas coloridas
Aprecia o som da brisa e o sopro do vento
Segue distraída, entre sonhos, luz
 fé e movimento.

#
LUZ!

Nenhum comentário:

Postar um comentário