Longe das ordinariedades
De um cotidiano pálido
Distante dos homens de palavra
Que falam e andam
costas envergadas por pesadas pastas
distraída de relatórios e notas explicativas
que delimitam fácil demais o sentido da vida
Afastada demais das Societés e suas comunhões
- O par a par da confraria de múltiplas convenções -
A poeta olha o céu.
Bebe água quando sente sede
Abraça p´ra doar calor
Molha os olhos quando sente dor
Ri, conversa com crianças
E gosta de ser e se vestir de amor...
Distante das esfinges de pedra
Que observam a vida sem deslumbre
Quase com desdém
desentendida de quem passa sem surpresa
Por canteiros e esquinas
Alheia às ilusões de poder
Que abrilham-se em mentes pequenas
e às vidas que antes do riso pedem identificação
num tipo de quid pro co
que ordinariza a emoção
- A Poeta olha o céu.
Gosta da vida e aprecia ser viva
Da luz das flores e das coisas coloridas
Aprecia o som da brisa e o sopro do vento
Segue distraída, entre sonhos, luz
fé e movimento.
#
LUZ!
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