Ah! Flor egoísta
do meu amor
Mora ali,
bem aqui, longe,longe
Noutro planeta
Tola, finge
que nem gosta de mim
Que de tão
frágil, não pode sentir o vento
Não se
deslumbra com milhões de sóis que nascem
E se despetala
quando falo em cometas...
Ah! flor
egoísta e frágil do meu amor...
Eu viajo, penso nela, conheço a
terra,
piso nas areias de minha própria solidão
Giro mundos
e aprendo que, ao olhar para o milho
Recordo, por
encanto, de um amigo...
Ah! Na terra,
tu nem sabes
Mas tem mais
de um milhão iguais a ti
Tão perfumadas
e brilhantes quanto tu
Mas é a ti
que amo,
Flor egoísta
e tola do meu amor...
Eu viajo,
pouso em outros mundos
Conheço reis
sem súditos
e bêbados envergonhados
E até um
aviador num grande pássaro
com o motor
quebrado...
Mas eu te
levo, em toda tua exuberância
e vou a
cada lugar falar em ti
preciso que
saibam que tu existes,
e que eu
existo e faço morada na órbita de uma longa estrela
só para ao
teu lado estar.
#
Ao pequeno príncipe, por todos os anos em que eu procurei a órbita do asteroíde B612, só para lembrar que lá, mora um principezinho e uma rosa frágil, tola e amada.
E ao meu pai, que já virou estrela, e que não me deixou desacreditar nessa verdade, quando aos prantos, eu perguntei se o principezinho existia...
E a esta noite enluarada, onde, de lá de seu pequeno espaço, um menino de cabelos cor de trigo contempla a tarde cair...
LUZ!
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