quinta-feira, 14 de junho de 2018

Ensaios sobre a vida



I - Breves Considerações sobre o Clima e o dia

São três da tarde e o relógio me diz que há milhões de afazeres na agenda, e que preciso ir para a vida, cumprir meus compromissos.
Ah! Debaixo de um sol que derrete a paisagem, vejo um quadro de Dali desenhar o chão do Equador.Ou, pinturas pincelas de cor e água, da pouca chuva que vez ou outra beija a paisagem, feito pintura de Galdin.  Líquidos demais, no mês de junho. Não é muito animador.
A gente luta dolorosamente com o sol, aqui nestas bandas do Norte. Isso já dá um cansaço.
Longe de ufanismos, apesar disso, a paisagem brilhante é linda também.
As tardes meio molhadas perto do rio fazem um bem danado à emoção.
Mas são três da tarde e estou sonolenta e cansada. 
De junho em diante, rego o jardim duas vezes ao dia. Ainda falta uma vez, hoje.
Vale o sacrifício. As plantas, vibrantes, me ajudam a viver.
Às vezes, viver é um baita desafio.

II  Da aspereza do Cotidiano

 A gente faz um p... esforço pra ser um bom ser humano: correr atrás dos sonhos sem passar por cima de ninguém. Correr para a vida e ser honesto dentro do trabalho e das emoções...e não revidar ao convite diário da cretinice. Um baita exercício de superação esse de tentar não revidar. 
A gente tenta não reproduzir no mundo aquilo que nos fere. Cair. Errar. Às vezes, comete uma ou outra coisa fora da linha do ser humano que construímos... e aí, tem o desafio de não tornar isso um hábito.Reiniciar e viver na melhor das tentativas, mesmo quando ainda tem um montão de coisa para aprender...

Claro, as 24 horas que são minhas, não são as mesmas para ninguém. Cada um tem seu próprio peso e catarse, no meio do caminhar por este sol e pelas sombras da época.

Mas, decerto, uma ou outra tentativa se assemelham.
E ainda tem este ardente sol...

III Breves Inconclusões.

Apesar dos calos e do calor, minha alma não parece assim tão desgastada. Ainda hoje, lembrei como foi engraçado tentar empinar pipa. Que desastre.
Mas eu era boa em bolinhas de gude.
Vai ver, daqui a milhões de brisas, daquelas que sopram e levam embora o ardor, eu recorde de mim no hoje, com o mesmo olhar indulgente com o qual me visito, menina.
É que ainda tem muita estrada.E ainda são 15h...tem muito tempo.


E eu preciso me tratar bem - porque foi difícil e bonito chegar aqui...e também porque só assim, posso ser boa para meus amores e justa para conosco - o eu e o eles, que vivem comigo, no coração.

 Por isso, água, protetor solar e coragem: Parece texto de Mary Schmich ou do Jabor, mas é apenas eu, indo pra lida. Afinal, entendo finalmente porque certas escritas são chamadas de 'ensaio': nada do que escrevo ou descrevo, é mais do que mera intenção.

O que eu sou, no cotidiano, acontece mesmo quando saio daqui, desde tímido barulho de teclado que compete mansamente com a cigarra insistente, do jardim...e dessa luz, que é quase uma metáfora para a vida: às vezes cega, mas é bonita de olhar. 

Let´s go!


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