Destino!
Dizem ser um malvado vilão*
A mim não causa medo:
Trago-o aqui, na palma da mão...
Sim, eu digo o caminho
Em quais moinhos
o que pretendo e para onde remar
não sigo a sina, vou contra o mar!
Navego uma Nau sentimental demais
Encho a alma e banho o corpo
De reza, benção e comunhão
Trago perfumes na respiração...
Não sou muito coerente:
Sou de versos e avessos eloquentes
Sei pouco sobre anestesiar a vida:
sigo dispersa, feliz e comovida!
"Ora, direis: Ouvir estrelas?
Certo perdeste o senso! eu vos direi no entanto
Enquanto houver espaço, corpo,tempo
e algum modo de dizer não:
eu canto..."
(Belchior, na reinterpretação do poema de Billac)
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