terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Insustentável



 Tão longe...decaído anjo torto
Inerte e ao sabor, no topo da montanha
Com ânsia inocente e tamanha
Por desvendar o infinito...

O infinito num fechar de olhos?
Como, com a visão interna turva?
Quando a paisagem não desvenda a curva
E bagunça com seu farfalhar os ganhos...

É, lá embaixo o que nos espera é o peso
O caos da leveza com o desassossego
as insustentáveis levezas que se perdem nos anos
As forças ambíguas que mudam os planos...


No planeta das contradições
Com xiitas sábios e seus velhos sermões
às vezes é bom flertar com a loucura

Essa humana condição que nos puxa - e cura! #






Poesia encontrada no livro "A insustentável leveza do ser", de Milan Kundera, datada de 16.02.2013. Era carnaval e sua insustentável beleza chegou em minhas mãos nesta época, mas já era parte de mim, desde que nasci, pois é certamente um dos livros da minha vida. Toda vez que releio, me sinto atraída por algum de seus personagens. Seus pesos,levezas e ambiguidades...

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