Ritmo da Paz

Hoje, sigo o ritmo da paz

Voo longe, macia dentro do Universo

Persigo versos

Que fazem cócegas na emoção...

Ando assim,

Cheia de 'obrigada', 'desculpe' e 'perdão'

Silêncios mansos - mais parecem oração -

Faz tempo que canto - e ouço- a mesma canção...

É,

estou a caminho da melhor forma de me ser

Enquanto isso, deixo a vida acontecer

Surpreendentemente cheia de generosidade

E mesmo aquilo que já me doeu, 
hoje é só sopro, leveza... e bondade!

E estou...mansa,

Cada vez menos tempestade

À vontade para desabrochar em mim

e continuar a tecer redes de afetos

Quentes, inteiros, certos

- Ainda que incertos-

Afinal, quem dirá que o coração sabe

Por que sente o que sente?

O sangue é feito amazonas: Latente

Vive de luas e paixões transbordantes, crescentes...

Hoje quero acender e soprar, deixar ficar

Toda chama que aquecer sem queimar

Minha pele, meu verso e toda emoção

Nada que seja apagada 

Nenhuma lágrima mais salgada

pois o bom da vida é aquilo que fazemos com a jornada
E a alma está...calma...

Parece que,  no peito, 

acolho tudo que fui e quem sou, no agora

Quem chegou e trouxe mais de mim
Uns e outros luares e  memórias

E vem as cores e águas de fevereiro!
-  ventos de mudança,
novas páginas no livro de minha história -
neste instante, bate um ano inteiro...

e dentro do meu coração,
dança um poema sereno...

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