sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Café com Deus (Retalhos de pequenas inconclusas descobertas)


Alma,alma: ainda tenho muito a desvendar p´ra saber quem sou!

Todos os dias, reúno pequenos pedaços
Brinco de quebra-cabeças com a memória
às vezes, lembranças são feito roupas espalhadas pelo quarto
Perfumadas dos percursos caminhados
Algumas, já disse o poeta, nem nos servem mais...

e é preciso limpar o varal da emoção
Sentir o cheiro das coisas novas e arejadas
Recém-nascidos sentimentos são mesmo tão lindos
A gente rega de afeto e espera nascer o melhor de nós
N´um outro alguém...

Ainda assim, guardo com enorme gratidão
Alguns fins de tarde
Outras horas mansas declamadas, 
as coisas lindas ditas,findas e feitas
Guardadas na estante das histórias encerradas...

Depois desse último livro,
Confesso que nem sei dizer de quantas formas um mesmo amor renasce.
Mas sei que ele sempre dá um jeitinho de voltar p´ra casa
Daí as cantigas de amigo - que falavam de histórias apaixonadas...

Às vezes, no meio do turbilhão de ser eu 
Sento e convido a Deus para tomar um café comigo
Nestas horas, falo a ele que viver é mesmo um perigo
Mas que, em tudo, é também um enorme aprendizado
E entre as coisas que estavam escritas e as que apenas acontecem

Maktub - Sentam elos inexoravelmente formados...

E eu agradeço aquilo que não entendo
E voo leve dentro de um céu azul de novas possibilidades
O mundo é tão grande e quanto mais descubro espaços
Mais sinto o coração ganhar em crescimento e generosidade
E sei da responsabilidade que é poder sentir a vida assim...

Mas eu ainda olho para o céu azul e peço a bênção a meu pai
Conto uma piada ou rimo uma poesia antiga
Queria embalar a Júlia pelo menos umas mil vezes
antes de vê-la sair e enfrentar a vida...
E ainda sigo encantada, subjetiva, lúdica, maluca e colorida.

Alma,alma: ainda tenho muito a desvendar p´ra saber quem sou...

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Apaixonada por essa canção, nos últimos tempos.


LUZ!


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