sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Maktub



Escrevo um poema a cada sentimento,
Num eterno sente e psicografa a vida
Como quem corre atrás de vaga-lumes
Nas estradas escuras ou noites coloridas...

Penso em cada linha, passos, afetos!
Agrego verdades e perdoo mentiras
Desisti dos passos sempre entrelaçados e certos


Faço em pontilhados minhas próprias linhas.

Caminho, Sina:
Destino, arbítrio: 
embaralhadas teorias!
Enquanto escrevo, papéis de carta enfeitam a cor dos dias...

Faço perguntas tolas para o céu:
Não sei se sou quem deveria ou escolhi me ser
No meio aleatório de coincidências e possibilidades
creio num pai bondoso que decide nos dar o dom do movimento

De fazer acontecer.

Como um jogo de xadrez:
 a gente analisa as perdas e ganhos de cada movimento
Mas, por um segundo desatento, podem se perder grandes chances
É então que  Ele,  grande força  amável e tolerante

acerta o tempo e reescreve o instante.

É, o tempo é sempre bondoso, mesmo quando não deveria
E nos diz entre o certo e o errado
Verdades que nenhum de nós, antes do momento certo
Acreditaria.

Então, 
"Estava escrito" e "tinha que acontecer"
Mas a estrada é sempre nossa
E nosso é o dom de fazer valer.

#


" Maktub,Particípio passado do verbo Kitab.É a expressão característica do fatalismo muçulmano.Maktub significa: "estava escrito"; ou melhor, "tinha que acontecer".Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angústia,Não é um brado de revolta contra o destino,Mas sim, a reafirmação do espírito plenamente resignado diante dos desígnios da vida " (Oriente, na canção "Vida longa, mundo pequeno")



Bons caminhos, para mim e para ti, que me lê.

LUZ!

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