Escrevo um poema a cada sentimento,
Num eterno sente e psicografa a vida
Como quem corre atrás de vaga-lumes
Nas estradas escuras ou noites coloridas...
Penso em cada linha, passos, afetos!
Agrego verdades e perdoo mentiras
Desisti dos passos sempre entrelaçados e certos
Faço em pontilhados minhas próprias linhas.
Caminho, Sina:
Destino, arbítrio:
embaralhadas teorias!
Enquanto escrevo, papéis de carta enfeitam a cor dos dias...
Faço perguntas tolas para o céu:
Não sei se sou quem deveria ou escolhi me ser
No meio aleatório de coincidências e possibilidades
creio num pai bondoso que decide nos dar o dom do movimento
De fazer acontecer.
Como um jogo de xadrez:
a gente analisa as perdas e ganhos de cada movimento
Mas, por um segundo desatento, podem se perder grandes chances
É então que Ele, grande força amável e tolerante
acerta o tempo e reescreve o instante.
É, o tempo é sempre bondoso, mesmo quando não deveria
E nos diz entre o certo e o errado
Verdades que nenhum de nós, antes do momento certo
Acreditaria.
Então,
"Estava escrito" e "tinha que acontecer"
Mas a estrada é sempre nossa
E nosso é o dom de fazer valer.
#
" Maktub,Particípio passado do verbo Kitab.É a expressão característica do fatalismo muçulmano.Maktub significa: "estava escrito"; ou melhor, "tinha que acontecer".Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angústia,Não é um brado de revolta contra o destino,Mas sim, a reafirmação do espírito plenamente resignado diante dos desígnios da vida " (Oriente, na canção "Vida longa, mundo pequeno")
Bons caminhos, para mim e para ti, que me lê.
LUZ!
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