O vento que sopra na esquina
as folhas caídas do limoeiro defronte
A luz amarelada do dia que vai
E do pequeno vaga-lume que pousou em minha janela
A mãe-terra lentamente movimenta
e eu vou com ela.
Quando era menina diziam para não ir.
Ter medo de tudo! Da noite, do bicho-papão
Da loira do cemitério e da cobra Sofia
Do vulto que anda na escuridão da noite
e até mesmo das sombras do meio-dia...
Mas ninguém disse jamais
Que a vida carece mesmo é de coragem!
e de uma ternura ímpar
em meio à crueza do cotidiano
Pois, mais do que esconde-esconde
é preciso não se esconder das perdas,
ser feliz com os ganhos...
A chuva cai, fina e mansa,
sopra sua cor pelo arco-íris...
A noite vem, porque a lua precisa dançar no céu
Tudo é sequência, intercalada beleza!
No ritmo próprio e particular, a vida faz sua arte
e nós, assim como as folhas, borboletas e a maré...
somos todos parte.
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E tudo está bem nos céus de uma brilhante lua que não dorme
Mas nunca esquece de sonhar.
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