domingo, 5 de março de 2017

Por um amor que valha mil poemas e uma canção única


Tenho pensado muito a respeito dessa coisinha agridoce  chamada amor.
Deve ter sido porque reli recentemente o livro "Paixões", da Rosa Montero, que fala sobre algumas das grandes paixões que movimentaram a poesia e a dor na vida de célebres personalidades da história da arte. O livro é mesmo delicioso e cheio de curiosidade sobre esse vírus, que, pior que uma gripe, se instala em nosso sistema imunológico e derruba nossas defesas...e faz, de John a Lady Di ( e de mim a ti),uns tolos.
O amor muda nossa história. O amor ferra altera nossa rotina. Confunde, persiste...o amor não é filho da razão. O amor, já disse Bukowski " é um cão dos infernos".
Ah! Confesso: amo escrever poemas de amor. No meio do supermercado, na confusão de um dia calorento e chato, de manhã cedinho, logo após aquele súbito mal-estar pós-noticiário...é um jeito todo meu de resistir.
Sentir! 
Mesmo quando não sinto, propriamente...
No meio daquela tarefa chata, no fim de um dia terrivelmente maçante, Deus, que delícia falar em amor! ...então, além de sê-lo, escrevo. Aliás, sou louca por observar casais apaixonados, (outra) uma mania estranha. Parecem quadros em "bolhas" ilusórias, com seus trejeitos e fórmulas próprias...um universo paralelo, no meio do mundo ao redor.
Mas quando eu digo casais apaixonados, digo autênticos. Sabe aqueles casais fabricados? aquela coisa ajustada ou programada para enganar a solidão? para mim, tal qual o Ted, de How I Met Your Mother, não  servem (embora o Ted, rs...)
É que não consigo imaginar menos do que ...TUDO. Nada de amores inventadinhos ou amores criados para driblar minha tarefa de lidar comigo. Tem que ser ...especial. 
Único.
Aliás, sobre isso, dia desses, em uma conversa com um grande amigo, ele contou que escreveu uma carta para a mulher de sua vida. Para quando ela chegar. Achei tão lindo! Foi o jeito meio trôpego que ele encontrou de dizer..."ei, vida, eu ainda creio". E que leitura linda e delicada! de trazer lágrimas aos olhos.
...Ah! cartas de amor. Apelidos de amor. Delicadezas próprias de um amor...milagres!
Um amor é mesmo um paradoxo. Mas, se nos falta, é "metade amputada".
Então...
Concluo com um recado otimista de vida e amor, para você que me lê:  eu não sei quantos amores você teve, nem quantos ainda te habitam. Não sei se já conheceu o "grande amor". Aquela coisa foda incrível, meio mágica,trágica,doida,santa. Não sei se ainda aguarda aquele clichê perfeito de uma comédia romântica água com açúcar...não sei.
Não sei quanto a vida ainda vai te surpreender.  Eu só sei, que desejo para mim e para você que me lê...amor! Do melhor jeito que  conceber.

P.s: Quanto a mim,  só vale à pena se valer mil poemas de amor ... e uma única canção, dançada a dois.

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