quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O grito.




Não.

Não quero falar de título,
Gente olímpica.
Quero falar do Francisco.
Aquele menino triste
Sentado na incompreensível 
Imensidão de sangue e poeira
Aquele a quem dispensamos um penar
Quase envergonhado
E inerte
E vago.
Quero falar que ele permanece sentado
E atrás deles, outros
Os milhares de Francisco
E as Marias.
Eles gritam,
Filhos de uma guerra sem Santos.
Na guerra intocada pelos nossos corações 
A ignorada guerra que a tudo comanda
Há poucas respostas,
Muito penar.

E tem o Francisco, sentado
Manchado de sangue e da ignorância humana. #


Ao Omar, que chamei de Francisco, porque Omar  representa muitas coisas...
Dor!

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