Pagamos o preço do pão, o preço da água, do café e do relógio que nos acorda para trabalhar e pagar o custo-vida, sempre encolhida,sempre menos poesia do que queremos ser. Pagamos o preço dos sonhos...de insistir que as nuvens podem ser de algodão.
E eu, por sorte ou bondade divina, sempre acreditei nisso. Sempre acreditei na vida, essa coisa bonita que transforma as coisas para o melhor, nunca deixei banalizar minha emoção ou minha ousadia, muito menos quis o preço de perder-me no espelho. Ou em cifras. Não desacredito no amor e nas pessoas por fé e, por ofício de cidadania, não desacredito no Estado - porque afinal, ele é composto por nós.
Pago sempre o preço da minha honestidade. Quantas vezes já não paguei esse preço? Quantas vezes já não pagamos, com aquela correria doida que nos deixa entontecidos? Com a morna e vagarosa rotina que nos encaminha a pensar menos, e a maquinalmente acatar?Acatar,acatar, correr, fazer sentido (tipo soldadinho, como diria Quintana). Fren(ética)mente pagamos o preço.Caixas embaladas, rótulos fechados: Latifundiados ideologicamente. Anestesiados - sumariamente!
Junto com a honestidade, pago sim, o preço da diferença. Da singularidade que carrego e exercito. O lado bom? O mundo não está cheio de babacas anestesiados e tem gente bacana: os poetas,os loucos, os boêmios, os sonhadores..."o sistema é maus,mas minha turma é legal".
Junto com a honestidade, pago sim, o preço da diferença. Da singularidade que carrego e exercito. O lado bom? O mundo não está cheio de babacas anestesiados e tem gente bacana: os poetas,os loucos, os boêmios, os sonhadores..."o sistema é maus,mas minha turma é legal".
Já quis licença para sumir, como Belchior.Porque ''não vou me adaptar''. Não vou compactuar. Mas agora, gosto de pensar em estar aqui. Eu pago esse preço. Nem sei se vou ficar muito tempo ... mas se ficar, a cor que quero deixar ...é o da transparência. E o perfume? de ser humano que sabe-se generoso, permanente e respeitador do fluxo e movimento alheio. E seguir com a máxima de ferir o mínimo possível aquilo que acho bonito. De ser gente, muito gente. Daquele tipo que, ao sair daqui, vai deixar a lembrança e a marca da autenticidade, da integridade e do amor...(Porque afinal de contas, essa sim é a força mais poderosa que podemos construir).
Luz!
(*Republicado com acréscimos, pois ainda pago o preço, diariamente! e alguns dias, é mais difícil...)
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