Eis-me aqui, leitor querido, te convidando pra sentar novamente nessa mesa-de-poesia, pra descer uma prosa bem quentinha, por favor.
Prosa, bem proseada, daquelas gostosas, feito quando tomamos sorvete de maracujá em final de domingo. Mas quem sabe você não goste do sabor e prefira outro, enfim. Fique à vontade.
Hoje, meu local de trabalho e emoção (sim, eu sou uma garota sentimental, mesmo no que realizo profissionalmente) estava uma loucura entre palavras, sorrisos, gestos e simpatia.
Acho bonita a esperança nascendo, as pessoas vibrando ideologias diversas...e hoje pude contemplá-lo com mais tranquilidade, porque, como esse processo - o de escolhas- sempre me foi muito emotivo, foi a primeira vez que pude encará-lo como a profissional que sou. E o ser humano, despido do véu das ideologias cegas.
Tantos panfletos e palavras, pessoas e gestos de simpatia, e eu aqui, internamente...olhando a modificação de alguns seres humanos quando se sentem objeto de olhar.
Vi pessoas antipaticíssimas, sendo a própria personificação da docilidade e amabilidade, e pessoas gentilíssimas extremamente nervosas. Pensei, pensei...E resolvi que a questão fundamental está entre os silenciamentos e as palavras.
O que é silêncio? Um calar de bocas? um fechar de olhos? O vácuo do espaço entre a boca e o ar?
Ter o peito e a mente inerte?
O que é silêncio?
E o que são as palavras? o corte do vácuo? o som que propaga? O grito da mente?
Penso que ninguém, por mais que tente, é mesmo capaz de defini-los, propriamente. Ou talvez seja uma percepção muito pessoal para atingirmos isoladamente o conceito.
Sou um pouco verborrágica internamente. E silenciosa, externamente. Acho que já aprendi a lidar com isso. E a perceber que a minha verborragia pode ser socialmente mal educada ( Hoje mandei muita gente à *&¨% mentalmente. Diacho de hipocrisia em rir quando não sorria antes. Detesto simpatia oportunista). Mas apenas socialmente, porque ainda defendo que, no avesso do bordado (vida pessoal), sou mesmo é dos tempos da delicadeza. Ou exercito.
Mas o que digo agora é do "soltar um palavrãozinho à toa" para os absurdos do mundo. Da vida social, quando não faz sentido. Não é preciso ter tanta educação, não. Às vezes é bom ser marginal. Mas sem perder as raízes, já disse isso em muitos outros textos - e assim mantenho a conduta.
Penso...é preciso mesmo olhar, sentir, silenciar e falar. Sentindo. Produzindo catarses. Promovendo (para si) lições preciosas.
E atitudes!
...O resultado da eleição? Bem, ainda não saiu. Perdendo ou ganhando, eu tenho cor. E uma torcidinha gostosa para que tudo se ajuste, como tem de ser. Para que as palavras mais que lindas - lidas e realizadas - Fiquem. Mas, perdendo ou ganhando...Faz parte. Ser de um lado: Escolhas!
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