Esta cidade nem é tão grande assim
700 mil solidões brilham sob 142.815 km!
Há mais de Amazonas Mãe e peixes no rio-mar
Acompanhado das tempestades que caem em pleno solstício...
Tudo aqui é puramente elementar: isso é uma resposta.
Não percebes, Anjo?
Essa busca inquieta por porto ou por voo
Esse tempo de encantos que não se assossegam
Será que te esqueces que descanso não é acomodar
Mas sim, permitir o pouso?
Aqui, dualidades: ou é intenso sol ou a mais molhada chuva
Tempo de águas ou de borboletas amarelas
A gente mede a vida pelo cheiro da maré e pelo vento
E se vive desse (e)terno movimento...
Percebes a beleza?
Ainda assim, diante de toda imensidão
Resta o sentimento, Anjo,
De que tão passional que és, te falta algo
Em meio à paz desse rio doce mora uma espécie de inquietação...
Como se o mundo inteiro precisasse de lógica ou explicação...
Quanta bobice!
Riem-se de ti os botos e as iaras
Ri-se de ti uma lua que não dorme!
Pois é fato, Anjo, que nem tudo precisa de se explicar para ti
Porque as coisas simplesmente são, em si:
Então coabita.
Toma teu porre, chora, busca colo,
Conta da vida as coisas que doem, voa, se te faz feliz!
Mas também aproveita a maluvida estada
Antes que as asas de cera diluam na jornada...
Aproveita a paz, descansa com prazer
Sente o mundo inteiro pulsar, que a vida é de incandescer
Mas também de experiênciar a simplicidades na jornada:
Desde a água do ventre da mãe,
Até a terra te (a)colher: eis a estada.
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Para os bebedores de maré e os viajantes de si e de outros multiversos....LUZ!
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