Sobre a derradeira lei, o amor primeiro?
Confesso: Quase ignoro seu código de aperfeiçoamento
Vivo de desenhar espaços para perceber
Olhar para os seus e pedir...Pai, me ensina a aprender...
é que,
Criada sobre a regra do 'açoite'
E ensinada às avessas
A me quebrar inteira
Por outros, também estilhaçados
Entre literais mortos e feridos, por todos os lados
Cada afeto me foi cobrado:
De olhos elevados, peço: Valei-me,
Nossa Senhora dos Corações Quebrados!
Também nos perdoa
Pelo que não pudemos conter...
A natureza humana, estranha que é
Chama de amor, confunde crimes, estende castigos
Veja que perigo:
De quantas lágrimas se constrói o mar que leva ao verdadeiro adeus?
Doeu...doeu...
Até sarar, virar entrega
Poesia que se concretiza no dia a dia...
Afinal, 'somos quem podemos ser'
A vida é mesmo de se viver...
E finalmente, está tudo bem.
É daqui que nasço: entre tantos códigos, redescobrindo o Brasil!
Acredite, faz mais sentido do que parece
É mais coerente do que qualquer poesia concreta:
A alma chega...encontra com uma luz in blue,
Que anuncia o tempo de portas coloridas e abertas....
Eu pergunto a uma flor:
"Quem modelou teu rosto?
Quem viu a tua alma entrando?
Quem viu a tua alma entrar...?"
E da resposta, aprendo o primeiro amor e sinto a alma descansar:
" Em um Deus assim eu posso confiar"
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Esse poema tem tanto de mim, da terapia, das coisas bonitas que colar vitrais é capaz de fazer com cada um de nós...e eu desejo para você que lê o mesmo amor que eu recebi (mas só que do jeito que for bom para você), para aprender a colar seus pedacinhos quebrados...afinal, diz uma antiga sabedoria japonesa chamada de 'wabi-sabi', que a beleza das coisas é justamente a imperfeição...mas corações inteiros sabem ser melhores para outros corações inteiros...lembrando que ele é músculo, precisa exercitar, para aprender a pulsar sem bater.
Além da própria música do Legião, este poema tem muita influência de uma Crônica chamada 'Vitrais', que é do Rubem Alves, inclusive a última frase veio a compô-lo, com as devidas aspas. Recomendo a leitura aos visitantes desse blog, que tem mais acessos do que esta poeta faz por merecer, pela demora de postagens: gratidão aos insistentes:
Mas a vida é para dos insistentes, afinal. <3
Topei com a sua história contada em verso e gostei. Parabéns pela criatividade persistente de sempre.
ResponderExcluirO "meu" Evangelho segundo JC continua sendo bem cuidado?
Bjo! tq
ahhahahahaha! Antonio Quintino, quanto tempo! Continua guardado, mas sobretudo, foi lido e partilhado nas rodas de leitura.Por esforço de memória, fui ver aonde estava na minha estante, e estou com ele em mãos, agora. Legal te ver por aqui, obrigada pela partilha. :)
ExcluirFico contente pela sua partilha. Partilhar livros não é dividir, é multiplicar.
ResponderExcluirMas "deixando a profundidade de lado", aceita um café ou coisa assim? Me interessaria saber o que esses quase 10 anos trouxeram de mudanças (e permanências) para você. Se nutrir do mesmo interesse, me chame e combinamos: tony_quintino@hotmail.com. Bjo!
P.S.: Li (e reli) o seu 80 anos. Achei bem interessante e vale o debate.