Desculpe meu tempo
tudo em mim pede calma
Meu ritmo é lento...
Manso, feito uma valsa
Me chame para dançar a dois
Deixa eu te contar aos poucos
O que sei quem sou
quiçá, um segredo ou dois...
Fala apenas o que quiser de ti,
No final, não somos nossas palavras
E talvez, nem somos tudo que aconteceu
A efemeridade nos alcança de um modo tal...
A gente se aprende aos poucos, afinal.
Fica por perto
Deixa que o vento balance as flores no quintal
é raro encontrar alguém que alma reconheça
Dentro de uma imprópria geografia interna: Sim, nós somos casas
(E com o passar dos anos, a gente fica meio mal assombrada
Cheia de luzes e escuridões que demandam uma paciência danada...)
Deixa eu te mostrar um pouco de minhas sombras...
Minha autodefesa ataca, saiba: eu também jogar
Desisti de ser assim tão pura...foi preciso
Aprender a ser meu próprio lar...
Mas também sou bordada de milagres e detalhes
Um multiverso colorido, de casinha na árvore a trevas
Lágrimas ou inferno: De Cecília a Bocage
E sei fazer um inverso inteiro derreter...
Não me procure: Me encontre, depois das seis
Vamos fazer uma máquina de amanheceres
Inventar o romance,
Descobrir nossa própria forma de ser dois
E o que vier depois...
Cansada de contos de fadas,
criei outras alternativas,
Um mundo feito de verdade:
Com bons goles de poesia!
#
Acho que isso é quase uma oração, no mês das bruxas.
<3
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