quinta-feira, 2 de maio de 2019

O Trem da Vida ( Sobre incertezas e paz)



A gente entrecruza chegadas e partidas
São tantas idas e vindas!
Quem poderá dizer quem sou?

Entre a estação e o que passou
Milhares de Universos se criaram
Como um extenso abecedário de possibilidades
Que não se comunicam
Mas se entrelinham...

Eu te amei,
e isso é fato.

Feito a asa de uma borboleta
-efeito eterno-
Parece tão especial e singelo
Mas, às vezes, não é bom lembrar...

Aprendi a aceitar...

Enquanto isso, da janela
O tempo passa devagar para ensinar
Que o Universo que me cabe agora
é só um instante...(Sopro leve do luar...)

Entre as esquinas tudo muda de lugar
Em cada lado há um milhão de versões e eus
à espera de nascer
Feito sementes que regadas, podem florescer...

Mas, não se preocupe em entender o caos 
Estive tanto tempo em busca de sinais
Perdi tantas de mim por medo e ansiedade
Até aprender que o bonito da incerteza, é dançar na tempestade...

Rir com a vida e aceitar que Destino
Nada mais é do que a transfiguração do ato na realidade
E até a moça que te abraça naquele lindo retrato
Guarda o segredo de que mora lá, e apenas lá

Pois, para que pudesse sossegar
E ser quem hoje sou nesse longo verso
Dela me despi - arranquei pele, unha e coração
Um outro eu, em mim, 'morri'
Para que agora, possa sim, sorrir

Feliz.

- Plena de já não ser nada mais
Do que leveza, incerteza e paz.




#
Depois de assistir 'Se eu não tivesse te conhecido'.
Sobre ciclos que se encerram com ternura.


LUZ!

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