terça-feira, 14 de maio de 2019

Cansaço



Com todas essas cores,
todos esses rostos, 
todos os luares de abril e maio
Tudo tão impregnado

Em meio à beleza do tempo nublado
Do calor do dia que não foi molhado
Dá um cansaço...
(um tão grande cansaço)

Entre tantas esquinas
Destinos, escolhas, consequências, sinas,
às vezes, fica difícil distinguir...
O ordinário do especial, o efêmero do imortal

O que vale e o que não vale à pena
Afinal, em meio ao caos das subjetivações
O mundo produziu almas pequenas

E o inexplicável entrecruzamento de dados
entre aqueles que ainda estão inteiros
e os que foram quebrados
(Esquadros...)

Então, amor,

Perdoa o luto, 
a lágrima lava  essa lavra de palavras
Enquanto olho para o céu e respiro fundo
Faço a prece de não ser e não ter
 uma vida sem sentido a mais no mundo...

E faço do poema a mais singela prece
De cultivar as mesmas cores,  perfumes, amores
e o peito cheio de sonhos e flores
Que florescem! Porque, já disse o poeta
 "Sonhos não envelhecem"...

E que eu permaneça forte
Mais do que qualquer muro arranhado de emoção
E que permaneça com a mesma louca inteireza
De quem veio ser um bicho sem ferir o outro
Dentro do caos bonito e puro da natureza.




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Essa música me lembra um pouco da beleza da infância, e dessa pureza que faz falta, às vezes...

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