segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O adeus



Duas vidas deram adeus
Às margens do velho trapiche
De onde a maré vai e a maré vem...

O mesmo rio que beija meus pés
E em 1964 trouxe meus avós
Já viu tanto laço desfazer ao vento!
Palco de amores e lamentos...

Na lagoa muda dos olhos, despedida
Não há culpados , tudo coisas da lida
Como o concreto que passa e chama civilização
E levou embora a bonita madeira de palafita...

(Era verão...)

Mas a maré às vezes fala daquele amor
e bagunça os cabelos da senhora
Que agora, sorri no cais e lembra  que passou
Desgrenhou seu mundo e depois...foi embora! #

Escorregou do poema:                     

             Na contramão do tempo                    
Só o que é mais natural...                    
A lembrança, o gesto, o rio e o vento.        


Poucas coisas me emocionam mais do que histórias de amor. <3 
Conte-me a sua e veja virar poema. =)

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