Quando
criança,
sob as calçadas encardidas da Salvador Diniz
Aprendi que
o céu era o limite!
E que o mapa
encantado até a chegada existia
Ao fim dos
pulinhos da amarelinha,
Desafio nosso
de cada dia…
Oceano era a
lagoa do quintal do meu avô
O tesouro,
sempre ao fim do arco-íris
Os dragões
eram vencidos por príncipes
E éramos grandes
navegadores a navegar
E tudo
parecia ter o seu lugar…
Passadas
décadas, ruas e avenidas
Desaprendi esquinas
Pois a
máquina de engolir vida
Apagou as
linhas finas
Que apontavam
por onde caminhar…
Agora, sigo
desalinhada
Sei pouco sobre
certezas e chegadas
Canso de
ouvir – e escrever –
as mesmas palavras
e não sei
onde dobrar…
Queria ter
outra tarde
Daquelas
mornas e empoeiradas de infância
Brincar de
correr para todo lado
E ao fim do
dia correr para o colo encantado
Dos olhos de
mel da minha irmã…
Mas a
máquina de engolir vida
Segue a
comer lembranças
E aquela esperança
vive
Da luz que
existe na memória
Daquelas
velhas histórias
Repetidas antes
de sonhar! …
#
Que gente sempre encontre o fim da amarelinha,
E que a caminhada seja boa. :)
LUZ!
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