quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Bicho Incomum



Depois do depois de borrar o batom,
De esquecer  as chaves e a  hora
E ter os olhos molhados de Drummond,
Perdi a condução, a rima e a razão.

Aliás, Senhor, confesso:
 não sei muito da elegância de um verso.

Brinco de recriar a narrativa do cotidiano
Com as palavras vadias do Jornal
Um noticiário particular fantástico!
Onde finais felizes - no esforço do contrário

não são lá  mui raros…

Sonho demais.
Acredito na efemeridade dos milagres
Vivo o hoje, mas sei olhar para trás
Com o coração enternecido da paisagem…

Bicho incomum, depois de ler um ou dois Garcias
Dei de olhar a mística do Universo!
Não comovo com o ordinário
vivo entre as estrelas e a mágica infinita

Dos excessos.

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·    
LUZ!

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