Na curva do tempo
Tudo é poesia ou reza
Lágrima ou solidez
Deslumbre ou calmaria
Pés descalços pela estrada…
A romaria segue
A dança torta do destino
E, às vezes, por desatino
O poeta, bêbado ou louco
Dá de escolher
o próprio (trôpego) caminho.
Que é de luz, manhãs cinzentas
Segredos ao pé do ouvido
palavras emaranhadas nos lençóis…
E de auroras e marés adocicadas
Versos incompletos e noites enluaradas!
E tudo é arbítrio
e desassossego!
E não há fim, lugar ou endereço:
Só o risco e o riso de sentir…
E, às vezes, por descuido ou tropeço
A linha torta da escrita se distrai
E gera um novo começo…#
Página 02.
Feliz 2017!
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