segunda-feira, 3 de junho de 2013

Anjos decaídos


Pequenos perdidos
De vivências curtas e enfurecidas
Correm, lâminas e serpentes
A sibilar o medo:
- Qual foi o colo que os embalou?
Vida que se retirou da inocência
 tão precocemente e sem aviso
anjos decaídos do paraíso...
O pavor em apavorar
modo de reprodução
da ausência de afeto e amar
E da absoluta inércia da nação.
São pequenos sem pátria,
sem terra ou lugar
filhotes perdidos na 'jaula'
         Sem comida, sem afeto, sem lar! # 




Depois de estar em meio a um "arrastão" na pracinha da minha cidade, em plena noite de domingo. Note-se que uma viatura de polícia passou e não cuidou de nada.  A inércia que a violência traz é "fascinante", "e nossas vidas são tão normais", já disse o poeta.
E como dizer que são eles, mais do que nós, os responsáveis por toda essa violência? E como criminalizar vida que tão precocemente é sentenciada pela (i)lógica da sociedade? 
Meu coração perdeu o compasso e desprogramou um pouco, pra eu olhar e pensar...o que é não ter um lar?

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