terça-feira, 5 de junho de 2012

Sobre as insustentáveis levezas....


Breve...breve!
Não sei o que é mais leve:
O ar que sai do pulmão
O vento que balança o portão
... Ou tua mão.

O tempo – este mistério à mente
Não é tolerante
Voraz. Intenso. Beligerante
Traga tudo: a eternidade e o segundo

Tudo é passagem
- Toda solidez é miragem?...
Desfaz a paisagem
Ao sair do olhar...

Breve... Breve!
Somos apenas grão
Descendo a grande ampulheta
Tentando prender pedaços
do que se perde no espaço...

-Ilusão?





Escorreu pelo poema:
Se mesmo este papel vai oxidar...se “tudo que é sólido desmancha no ar”....
Estou desfazendo-me a cada instante. E agora...e agora...?
Então, que um pedaço meu chegue a ti...na respiração.
(Bom dia)

6 comentários:

  1. Ótimo Dia!!!

    Gente que mão é essa através da qual escorre tanto ouro fino depurado ein?!?!?

    Deus conserve, Deus proteja!!!

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    Respostas
    1. Amém, Pandora....que ele faça isso por nós!
      Obrigada por viver poesia!
      Um dia lindo.
      beijo! =)

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  2. Tudo que tem a ver com o tempo me encanta. Não é à toa que o nome do meu blog faz alusão a ele. Belos versos, Jaci!

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  3. A mim tbm Larinha.
    Frequentemente nossas poesias debatem-se com este "senhor tão bonito",que Caetano retratou...
    será que é porque também queremos um acordo com o tempo? - Poético...poético! o/
    Beijo.

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