sábado, 22 de fevereiro de 2020

Sobre bondade, Carnaval, os gatos da infância e a vida (Filosofia do Boteco da Lua)

Oi, queridos desse blog.
Faz tempo que não venho por aqui, nesta digressão chamada ' Boteco da Lua'. Mas me faz falta, às vezes escrever, estar aqui, encontrar com vocês e comigo, e com isso crescer mais um pouco. E a filosofia do boteco da lua hoje vem divagar sobre: O que é bondade para você?

Bom, quando eu era criança, bondade era trazer animais machucados ou abandonados para sarar o
dodói.  Algumas vezes, por inexperiência, dei banho em tartarugas e peixinhos, em outra, cuidava tanto de um coelhinho chamado Gaguinho, que ele...foi gaguejar em outro lugar (risos)
Isso me rendeu o apelido de "Felícia', na infância. E também de "Natureza", porque sempre passei um longo tempo defendendo aquilo que não se defende, pois fala de outra maneira...

Sempre encontrei o Amor e Deus através da generosidade da Natureza...e assim, eu aprendi que bondade é respeitar a vida...em sua mais perfeita infinitude..
Bom, o tempo passou e fui à escola. Lá, aprendi outro papel. Eu era a garotinha magrela e encrenqueira que não deixava gente 'valentona' ou 'irônica' maltratar meus amigos, os 'frágeis'. Assim, aprendi que a bondade é uma escolha e uma atitude. E que ter bondade, já dizia Renato, 'é ter coragem...'

Na adolescência, foi mais difícil um pouco entender o meu 'lugar'. É que, pela primeira vez, entendi que a bondade pode não ser bondade e a maldade também não...porque ali, na adolescência, as pessoas começam a vestir suas máscaras...escrevi algo sobre o lado que escolhi aqui ó: http://aluanaodorme.blogspot.com/2010/11/visao-de-raio-xo-x-dessa-questao-e-ver.html

Então, aprendi que ter bondade tem tudo a ver com ser Sincera...' sine cera', como diria a palavra, em sua origem...Ainda aí, eu ainda ajudava pessoas e confesso que ainda não tinha encontrado com a maldade em sua forma bruta. Tive meu primeiro contato aos 19 anos. Nunca esquecerei. Mas eu continuei curando as 'feridas' do mundo ajudando meu próximo, que poderia ser um gato, um nerd que sofria bullyng, uma pessoa que precisava de um ombro amigo, alguém amado que só queria meu abraço...

ah! Da infância para cá, deixei de ser Felícia. A Felícia é uma criança inocente que produzia pequenos 'excessos' que machucava os animais. Já tem gente demais assim, gente capaz de quebrar corações em pedacinhos...com a vida, aprendi a ser a pessoa que ajuda a soprar o dodói, quando ele ocorre.

É porque ouvi desde cedo que sou uma pessoa boa. Acreditei nisso, mas aprendi a aceitar que todo mundo tem maldade, inclusive eu, mas que não tenho compromisso com o erro: eu me corrijo, cresço,  tento fazer do meu existir um meio de ser resiliente...

Minha maior dificuldade ainda continua a ser com gente que veste a máscara, fora do carnaval. Com gente que acredita que é bom, mas que não faz com atitudes coisas boas pelos seus. Gente que permite que abusem de seus entes queridos, ou que deixa seu próprio sangue na mão, que deixa as coisas à própria mercê...enfim. Isso me recordou um texto de 2016, que reflito que 'super vilões somos nós', olha: http://aluanaodorme.blogspot.com/2016/12/super-viloes-somos-nos-devaneio-da_21.html.

Confesso que adoro esse texto. Ele me faz recordar quem eu sou e quem não quero ser. Continuo acreditando na bondade. Com atos e com gestos. E continuo acreditando que  o caminho da bondade tem sempre muitas curvas, e que às vezes a gente derrapa. Por isso, é preciso seguir firme pois a bondade não é um super-poder inerente: é preciso exercitar a coisa de ser pessoa, do bem, de bem… para longe das meras palavras, porque se você tiver atitudes feias e boas palavras, não passa de um idiota com bom jogo de marketing.

Também continuo sendo sem máscaras, sem muita paciência para a maldade e uma rosa, que sabe que tem espinhos e que se defende. Mas também uma menina, que pega gatos com patinhas feridas e leva para irmã, pede ajuda para soprar até sarar.

E achando que bondade é estar com os pés cansados de ter ido um dia a mais cuidando da minha 'gatinha', mas feliz comigo, com minha família e tudo que aprendi com ela, e principalmente com meu amigo Deus, que toda vez que me traz um gatinho, sabe...que eu vou cuidar, porque ele me ensina todo dia que a bondade é um exercício, um compromisso e principalmente UMA ATITUDE

P.s: Gosto tanto do texto original, que o republiquei. Ele é de 2016.

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